As importações ao País despencaram a níveis bem mais profundos do que os que foram registrado nas demais economias emergentes e o País caiu no ranking dos maiores importadores.

Em 2012, as importações do Brasil apresentaram contração de 2% em valores, ante um resultado estável na economia mundial. Em volume, a queda foi de 2,1%. Em média, os emergentes tiveram alta de 4,6% das importações nesse mesmo período.

Questionado se o protecionismo brasileiro contribuiu para o resultado, o economista da OMG, Coleman Nee, apenas disse: "Certamente essas medidas não ajudaram a aumentar o comércio". O diretor da OMC, Pascal Lamy, não quis comentar.

Mas a principal explicação seria a desaceleração da economia brasileira em 2012, com uma das menores expansões do PIB dos últimos anos. O resultado acabou fazendo o Brasil cair da 21.a para a 22.a posição no ranking dos importadores.

Até 2012, a expansão nas importações vinha surpreendendo até mesmo experientes observadores do comércio internacional. No primeiro ano do governo de Dilma Rousseff, as importações cresceram quase duas vezes acima da média mundial em 2011. Naquele ano, o volume de importações cresceu 8,2%. Em valores, a alta brasileira foi também uma das mais fortes, de 24%. Em 2010, foi de 43%.

A queda no ranking não representou perda de espaço nos mercados. Com 1,3% das importações, o Brasil mantém o cenário do início dos anos 70, quando ainda dependia das importações de petróleo. Naquela época, as importações representam 1,2% do volume internacional.