Publicado em: 14/11/2024 às 10:45hs
O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) registrou alta de 1,45% em novembro, intensificando o avanço em comparação ao aumento de 1,34% observado em outubro. Com este resultado, o índice acumula uma elevação de 5,41% no ano e de 6,07% nos últimos 12 meses. Em novembro de 2022, o IGP-10 havia registrado variação mensal de 0,52%, mas apresentava uma queda acumulada de 3,81% no período de 12 meses.
Segundo Matheus Dias, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), “apesar da retomada das chuvas em regiões produtoras de alimentos em novembro, o IPA ainda sente os efeitos da seca, sendo os bovinos uma das principais pressões de alta no índice.” Dias acrescenta que o aumento das refeições em bares e restaurantes reforça a pressão sobre o setor de serviços, enquanto o índice de custo da construção permaneceu estável, com destaque para a elevação nos custos de mão de obra.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), principal componente do IGP-10, subiu 1,88% em novembro, acima da taxa de 1,66% registrada no mês anterior. Nos estágios de processamento, os Bens Finais apresentaram variação de 1,14%, levemente superior ao 1,06% de outubro, com destaque para os alimentos in natura, cuja taxa passou de -3,05% para -0,22%. O índice de Bens Finais excluindo alimentos in natura e combustíveis para consumo variou 1,37%, ante 1,61% no mês anterior.
No grupo de Bens Intermediários, a variação foi de 0,01% em novembro, uma desaceleração em relação aos 0,21% de outubro, impulsionada pela queda no subgrupo de materiais e componentes para manufatura, que variou de 0,94% para -0,01%. Desconsiderando o subgrupo de combustíveis e lubrificantes, o índice de Bens Intermediários apresentou alta de 0,11%, inferior ao 0,62% do mês anterior.
Já o grupo Matérias-Primas Brutas passou de 3,94% em outubro para 4,69% em novembro, com minério de ferro (de 1,84% para 7,58%), bovinos (de 8,36% para 15,20%) e milho em grão (de 5,89% para 8,24%) puxando o índice para cima. Por outro lado, itens como soja em grão (de 6,58% para 4,02%), leite in natura (de 4,65% para 0,23%) e café em grão (de 4,57% para 2,05%) suavizaram a pressão de alta.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,23% em novembro, abaixo dos 0,53% registrados em outubro. Entre as classes de despesa, cinco registraram desaceleração: Habitação (de 1,60% para 0,04%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,57% para -0,27%), Despesas Diversas (de 1,76% para 0,21%), Comunicação (de 0,30% para 0,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,32% para 0,26%). Itens como tarifa de eletricidade residencial (de 6,35% para -0,17%) e passagem aérea (de 4,24% para -2,87%) contribuíram para essa desaceleração.
Por outro lado, Alimentação (de 0,08% para 0,74%), Transportes (de -0,23% para 0,17%) e Vestuário (de -0,03% para 0,26%) apresentaram aumento nas taxas de variação. Em Alimentação, a alta foi influenciada principalmente por hortaliças e legumes (de -7,75% para -0,70%), gasolina (de -0,78% para 0,21%) e roupas (de -0,23% para 0,25%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,58% em novembro, pouco acima dos 0,57% de outubro. O grupo Materiais e Equipamentos manteve a taxa de 0,58% de outubro, enquanto Serviços desacelerou de 0,70% para 0,32%. Já a Mão de Obra apresentou alta de 0,62%, superando os 0,53% do mês anterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
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