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FOCUS: Projeção para o IPCA em 2012 sobe de 5,35% para 5,36%

A mediana das previsões do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) em 2012 aumentou pela décima segunda semana consecutiva, de 5,35% para 5,36%, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, cujas estimativas são coletadas junto a mais de cem instituições


Publicado em: 02/10/2012 às 10:00hs

FOCUS: Projeção para o IPCA em 2012 sobe de 5,35% para 5,36%

Assim, a projeção de inflação continua a se afastar do centro da meta definida pelo governo, de 4,5% ao ano. Para 2013, a mediana recuou de 5,50% para 5,48%. Em 12 meses, recuou de 5,59% para 5,52%.

Top 5 - Entre os analistas Top 5 – aqueles que mais acertam as previsões – a mediana de médio prazo para o IPCA subiu de 5,24% para 5,31% em 2012. Para 2013, a mediana de médio prazo desse grupo teve queda expressiva: de 5,20% para 4,99%.

Relatório trimestral - Na quinta-feira passada, o Relatório Trimestral de Inflação divulgado pelo BC mostrou que o IPCA projetado para 2012 subiu de 4,7% para 5,2% no cenário de referência da autoridade monetária e também no de mercado. Já para 2013, o IPCA projetado caiu 0,1 ponto percentual para 4,9% no cenário de referência e para 4,8% no cenário de mercado.

Impacto neutralizado - Reportagem publicada no Valor no dia seguinte mostrou que a revisão das projeções de inflação mostradas pelo documento indicou que o impacto da energia mais barata sobre a inflação de 2013 será neutralizado, em grande medida, por pressões inflacionárias antes não consideradas, ou maiores do que imaginava a autoridade monetária há três meses. Isoladamente, a redução do custo da energia provocará deflação de 0,5 ponto percentual. Ainda assim, a variação projetada para o IPCA caiu apenas 0,1 ponto. O BC, contudo, não apontou com exatidão o que neutralizará parte do efeito desinflacionário esperado em função da redução nas tarifas de energia elétrica a partir do ano que vem.

Selic - Para a Selic, o mercado continuou a apostar que a taxa vai estacionar em 7,50% neste ano, mas reduziu suas apostas para o fim de 2013. Após duas semanas parada em 8,25%, a mediana das estimativas do mercado caiu para 8,0%. Entre os Top 5, a mediana da Selic ao fim de 2012 subiu de 7,13% para 7,25% e para o fim de 2013 recuou de 8,50% para 7,88%.

PIB - As instituições do mercado financeiro consultadas pelo BC mantiveram suas estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,57% em 2012 e 4% em 2013. Mas as projeções para a produção industrial voltaram a se deteriorar. A mediana das estimativas caiu de contração de 1,82% para queda de 1,92% em 2012. Para 2013, a mediana recuou de alta 4,25% para expansão de 4,10%.

 2013  - Dados divulgados na semana passada mostraram que, enquanto já se considera como dada a queda da produção neste ano, o cenário para 2013 ainda é indefinido.

 Retomada  - Sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou, por exemplo, que a indústria deve registrar retomada apenas moderada nos investimentos nos próximos 12 meses. Além disso, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) mostrou que a queda de produção no Estado se aprofundou em agosto, o que fez a entidade rever sua expectativa de queda de 4,4% para contração de 5% em 2012. Já a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) disse esperar forte recuperação do setor no segundo semestre, mas argumentou que a retomada não será suficiente para reverter os resultados negativos do ano.

 Projeção menor  - No Relatório Trimestral de Inflação divulgado pelo Banco Central na quinta-feira, a autoridade monetária reduziu de 2,5% para 1,6% sua projeção para o PIB neste ano. A produção industrial, previu, terá queda de 2,2% em 2012, ante estimativa de crescimento de 0,50% mostrada três meses atrás.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR

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