A Argentina deve exportar 16 milhões de toneladas no ano comercial 2012/2013, volume que, se concretizado, representará aumento de 5% sobre o ciclo anterior. A projeção foi feita nesta quarta-feira (16/1) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Segundo a FAO, os preços de exportação do milho amarelo argentino caíram em dezembro e nas primeiras duas semanas de janeiro por causa da oferta volumosa e da tendência baixista dos valores internacionais. Mas ainda estão quase 9% acima do registrado em igual período da temporada passada.

O plantio de cereais forrageiros na Argentina em 2013 já está quase concluído nas principais províncias produtoras de Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé, apontou a FAO. De acordo com a organização, a área semeada com milho deve ficar em torno de 4,6 milhões de hectares, 8% abaixo do recorde alcançado no ano passado. A FAO acrescentou que a redução da área se deve às chuvas fortes durante o período de plantio entre outubro e dezembro, que provocaram atrasos na semeadura, e aos custos maiores de produção em relação a outras culturas. No entanto, a Organização destacou que o clima quente e seco no fim de dezembro e início de janeiro favoreceu atividades tardias de semeadura e lavouras plantadas antecipadamente, que se encontravam em boas condições.

Supondo clima normal nos próximos meses, a FAO estimou que a produção de milho da Argentina em 2013 deve atingir 25,5 milhões de toneladas, acima da colheita do ano passado, de 21 milhões de toneladas. Sobre o plantio de soja, a organização destacou que está prestes a ser concluído, após atrasos provocados por chuvas acima da média nos últimos meses, que prejudicaram operações de semeadura. A FAO acrescentou que estimativas oficiais indicam área plantada de 19 milhões de hectares, aproximadamente 3% acima do ciclo anterior. O crescimento é atribuído principalmente aos preços internacionais mais altos. Relatórios dão conta de que as plantações da oleaginosa se encontram em boas condições, conforme a FAO.

A FAO prevê ainda que a produção 2013 de soja argentina chegue ao recorde de 53 milhões de toneladas, supondo rendimentos normais ou acima do normal. Se confirmado, esse número ficará bem acima do obtido no ano passado, quando as lavouras foram prejudicadas pela seca.