As exportações do agronegócio brasileiro superaram em maio, pela primeira vez, a marca mensal de US$ 10 bilhões. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações atingiram o recorde de US$ 10,26 em maio. O recorde anterior era de agosto de 2011, com US$ 9,84 bilhões.

O resultado representou uma elevação de 21,2% em relação a maio do ano passado. As importações de produtos do agronegócio, por outro lado, tiveram diminuição de 14,1%, com registros de US$ 1,34 bilhão em aquisições do exterior. O saldo comercial dos produtos do agronegócio ficou em US$ 8,92 bilhões.

Nos últimos doze meses, o comércio do agronegócio brasileiro para o exterior teve expansão de 17,9%, alcançando US$ 97,4 bilhões. As importações chegaram a US$ 17,4 bilhões entre junho de 2011 e maio de 2012, com elevação de 13,9%. O aumento das vendas externas gerou um saldo comercial de US$ 80 bilhões no período.

O grupo que mais contribuiu para o crescimento foi o complexo soja (grão, farelo e óleo), que já era o principal setor exportador. As vendas do complexo para o exterior subiram 41% nos 12 meses encerrados em maio, de US$ 19,3 bilhões para US$ 27,2 bilhões. Mais da metade do incremento de US$ 14,8 bilhões no total exportado no período veio da elevação das exportações do complexo soja (US$ 7,9 bilhões).

Outros setores que contribuíram para a alta foram o complexo sucroalcooleiro, que teve elevação de US$ 1,8 bilhão em vendas no período; as carnes, que tiveram aumento de US$ 1,3 bilhão; e o café, com expansão de US$ 1 bilhão.

Entre os principais setores exportadores, o complexo sucroalcooleiro ficou na segunda posição, com embarques de US$ 15,9 bilhões (+13,2%). Os outros três principais setores foram carnes (US$ 15,9 bilhões; +9%), produtos florestais (US$ 9,4 bilhões; -1%) e café (US$ 8,2 %; +14,3%).

China compra mais

A China continua apresentando o maior dinamismo importador em relação aos produtos do agronegócio brasileiro. Nos últimos doze meses, a China ampliou as importações do agronegócio brasileiro em 59,7%, expandindo a sua participação de 14,4% para 19,6%. Caso se agregue às compras da China as aquisições da região especial administrativa de Hong Kong (2,2%) e de Taiwan (1,3%), o país asiático atingiu a participação de 23,1% no total das aquisições. Essa fatia é próxima em tamanho da fatia da União Europeia, que ficou com 24,1%.