O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (26), refletindo a expectativa do mercado em relação à divulgação de novos dados econômicos, tanto no Brasil quanto no exterior.

Às 09h01, a moeda americana apresentava uma desvalorização de 0,19%, sendo negociada a R$ 5,6978. Na véspera, o dólar recuou 0,75%, fechando a R$ 5,7087, acumulando, assim, uma perda de 0,15% na semana, de 3,51% no mês e de 7,62% no ano.

No Brasil, a atenção do mercado se volta para as estatísticas do setor externo referentes ao mês de fevereiro. Já nos Estados Unidos, a agenda do dia contempla dados sobre as encomendas de bens duráveis e bens de capital, os quais podem trazer indicações importantes sobre a saúde da economia americana.

Em relação ao Ibovespa, o índice iniciou a sessão com valorização de 0,57%, alcançando os 132.068 pontos. Apesar desse ganho, o índice acumula uma queda de 0,21% na semana, mas registra avanços de 7,55% no mês e de 9,80% no ano.

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que a taxa Selic deverá ser elevada novamente na próxima reunião, marcada para o início de maio, embora a elevação seja em um ritmo mais moderado, devido aos sinais de desaceleração da economia. O Banco Central afirmou que a magnitude do ciclo de aumento dos juros dependerá de vários fatores, como a evolução da inflação e do hiato do produto.

No cenário externo, a confiança do consumidor nos Estados Unidos registrou uma queda de 7,2 pontos, indo para 92,9 neste mês, de acordo com o Conference Board. Os dados apontam para um aumento do pessimismo entre as famílias, especialmente com relação às expectativas para o futuro. O Índice de Expectativas caiu para 65,2, o nível mais baixo em 12 anos.

As tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump também voltaram a ocupar as atenções do mercado. Ele anunciou que aplicará uma tarifa de 25% sobre os países que comprarem petróleo e gás da Venezuela, embora tenha sugerido flexibilidade com alguns setores específicos. A implementação dessas tarifas, prevista para 2 de abril, gerou preocupações sobre uma possível intensificação da guerra comercial, o que pode elevar a inflação e impactar a economia global.

Investidores estão atentos aos efeitos de uma possível elevação de tarifas sobre a economia dos EUA e de outros países, como o Brasil, que poderiam ver sua atividade econômica afetada pela redução das exportações. Além disso, dados recentes dos EUA mostraram que a atividade empresarial do país acelerou em março, impulsionada pelo crescimento do setor de serviços, conforme a pesquisa PMI da S&P Global.

Com informações da agência de notícias Reuters