O dólar apresentou uma estabilização em relação ao real nesta sexta-feira, após um início de ganhos, à medida que os temores em torno da tensão geopolítica diminuíam. As preocupações foram amenizadas com a percepção de que não haverá uma escalada no conflito do Oriente Médio.

Por volta das 10h05 (horário de Brasília), o dólar à vista permanecia estável, sendo negociado a 5,2507 reais na venda. Enquanto isso, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento registrava um aumento de 0,19%, alcançando 5,2555 reais na venda.

O dólar chegou a registrar um aumento de 0,52% em relação ao real anteriormente, impulsionado pelo clima de cautela devido ao agravamento das tensões no Oriente Médio e às expectativas de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos adote uma postura cautelosa em relação aos juros.

Embora tenha havido pouca alteração, explosões foram ouvidas sobre uma cidade iraniana na sexta-feira, em um suposto ataque israelense. Essas notícias inicialmente provocaram uma busca intensa por moedas seguras, como o iene japonês e o franco suíço.

No entanto, as perdas dos ativos de risco foram limitadas quando Teerã minimizou o incidente, indicando a ausência de planos de retaliação, o que reduziu o receio de uma escalada do conflito. Essa resposta pareceu visar evitar uma guerra mais abrangente na região.

A semana foi marcada por declarações de autoridades do Federal Reserve, indicando que o banco central dos EUA não tem pressa para cortar os juros, alinhando-se ao discurso anterior do presidente do Fed, Jerome Powell. Isso contribuiu para impulsionar o dólar frente ao real, juntamente com a decisão do governo brasileiro de revisar a meta fiscal para 2025.

No fechamento anterior, o dólar à vista encerrou cotado a 5,2508 reais na venda, registrando uma leve alta de 0,12%. No entanto, a moeda acumula um ganho de 2,53% em relação ao fechamento da última sexta-feira, marcando o quarto ganho semanal consecutivo e o mais significativo desde o início de outubro de 2023.