Avalorização do dólar estimulou as vendas de produtores de café e promoveu uma depreciação da commodity ontem na Bolsa de Nova York. O contrato do produto para entrega em julho caiu 0,53%, a 179,15 centavos de dólar por libra-peso. Nesta semana, no Brasil o dólar atingiu nível que não era visto desde 2009 e terminou a sexta-feira a R$ 2,020 (alta de 1,05%). Apenas neste mês, acumula ganhos de 8,1%. Isso tende a estimular as exportações, pois torna o produto brasileiro mais barato em dólares e, portanto, mais competitivo no mercado internacional. A força da moeda americana reflete o sentimento de aversão ao risco nos mercados. Com muitas incertezas sobre o futuro da economia, o dólar é considerado um porto seguro.

Agora, os investidores estão atentos à reunião do grupo dos oito maiores economias do mundo (G-8), que ocorre hoje e deve incluir discussões sobre a crise europeia.

Apesar da fragilidade econômica, na Bolsa de Chicago os investidores olharam mais para os fundamentos de oferta e demanda na sexta-feira. Os preços do trigo dispararam porque o clima está seco demais em áreas dos Estados Unidos, da Rússia e da Europa. O risco de perdas na safra fez com que o cereal registrasse o maior preço em oito meses e fechasse em alta de 5,70%. "Temos bastante trigo, mas a safra está sensível" a problemas climáticos, afirmou à agência Dow Jones o corretor Larry Glenn, da Frontier Ag. O milho acompanhou o comportamento do trigo e subiu 1,68%. A alta também foi puxada pela oferta apertada no curto prazo.