A moeda atingiu, nesta semana, o maior valor desde julho de 2009, com reflexos diretos num cenário onde 85% da produção no Brasil é encaminhado para o exterior. A principal razão do otimismo é a recuperação da competitividade no mercado internacional. Em 2010, o tabaco produzido no Brasil chegou a ser o mais caro do mundo.

O principal fator para garantir as vendas externas é a qualidade do tabaco brasileiro. Mas o crescimento da produtividade em outros países, principalmente da África, deixam a indústria apreensiva. Produtores de países como o Zimbabwe têm recebido apoio do governo para elevar a produção, além de conseguir mão de obra mais barata, o que resulta num preço de venda mais atrativo para as indústrias.

O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke, afirma que o produto brasileiro deve ganhar mais força no mercado internacional com a elevação do dólar. "Até o momento, o dólar estava subindo e descendo, agora está mais estável. Com certeza já está bem melhor do que no ano passado", avalia.