Brasil

Crescimento do PIB Brasileiro no 3º Trimestre de 2024 é de 0,9%

Avanço nos serviços e na indústria impulsionam a economia; agropecuária sofre retração


Publicado em: 03/12/2024 às 11:30hs

Crescimento do PIB Brasileiro no 3º Trimestre de 2024 é de 0,9%

No terceiro trimestre de 2024, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou crescimento de 0,9% em relação ao segundo trimestre do ano, segundo dados ajustados sazonalmente. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria, enquanto a agropecuária registrou queda.

O PIB totalizou R$ 3,0 trilhões no período, sendo R$ 2,6 trilhões correspondentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 414,0 bilhões provenientes dos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Em termos de investimentos, a taxa foi de 17,6% do PIB, superior aos 16,4% do terceiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 14,9%, ligeiramente inferior aos 15,4% observados no ano anterior.

Desempenho setorial: Serviços e Indústria lideram o crescimento

O crescimento do PIB foi liderado pelos serviços, que avançaram 0,9%, seguidos pela indústria, com alta de 0,6%. A agropecuária, por outro lado, teve uma retração de 0,9%. No setor de serviços, os destaques ficaram com as expansões em atividades como informação e comunicação (2,1%), outras atividades de serviços (1,7%), e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%). Já no setor industrial, o crescimento foi puxado pelas indústrias de transformação, que cresceram 1,3%, enquanto a construção e as indústrias extrativas apresentaram quedas.

Em termos de despesas, a Despesa de Consumo das Famílias subiu 1,5%, enquanto a Despesa de Consumo do Governo teve uma alta de 0,8%. A Formação Bruta de Capital Fixo, por sua vez, registrou um aumento de 2,1% em relação ao trimestre anterior. No comércio exterior, as exportações de bens e serviços diminuíram 0,6%, enquanto as importações cresceram 1,0%.

Comparativo com o terceiro trimestre de 2023: PIB cresce 4,0%

Na comparação com o mesmo período de 2023, o PIB cresceu 4,0%. Os serviços (4,1%) e a indústria (3,6%) apresentaram aumentos significativos, enquanto a agropecuária teve uma retração de 0,8%. A indústria teve um bom desempenho, com destaque para a construção (5,7%) e as indústrias de transformação (4,2%), impulsionadas pela fabricação de veículos e outros produtos.

Os serviços também se destacaram, com crescimento de 4,1%, principalmente nos setores de informação e comunicação (7,8%) e outras atividades de serviços (6,4%). O consumo das famílias aumentou 5,5% pelo décimo quarto trimestre consecutivo, refletindo a melhora no mercado de trabalho e os programas governamentais de apoio. A Formação Bruta de Capital Fixo registrou uma expressiva alta de 10,8%, refletindo tanto o aumento na produção interna quanto nas importações de bens de capital.

Acúmulo de crescimento de 3,3% no ano

No acumulado de 2024 até o terceiro trimestre, o PIB brasileiro cresceu 3,3% em comparação com o mesmo período de 2023. A agropecuária registrou uma queda de 3,5%, enquanto a indústria e os serviços avançaram 3,5% e 3,8%, respectivamente. No setor industrial, destacaram-se a eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos (6,1%) e a construção (4,1%). Entre os serviços, os setores de informação e comunicação (6,2%) e outras atividades de serviços (5,6%) foram os que mais contribuíram para o crescimento.

PIB totaliza R$ 3,0 trilhões no terceiro trimestre

O PIB do Brasil no terceiro trimestre de 2024 totalizou R$ 2.989,9 bilhões. Em termos de taxa de investimento, observou-se um aumento para 17,6%, enquanto a taxa de poupança foi de 14,9%, abaixo do registrado no mesmo trimestre de 2023.

Revisão das séries trimestrais

As Contas Nacionais Trimestrais passaram por uma revisão abrangente, incluindo novos pesos com base nas Contas Nacionais Anuais de 2021. Como parte da transição para o novo ano base, a divulgação das séries anuais foi temporariamente suspensa, e a revisão das séries trimestrais foi realizada com atualizações nas séries de dados existentes.

Fonte: Portal do Agronegócio

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