Publicado em: 14/11/2024 às 11:20hs
Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 3,0% em volume em comparação com o ano anterior, totalizando R$ 10,1 trilhões. Este resultado foi impulsionado pelo desempenho positivo da economia em 24 das 27 unidades da federação. As maiores elevações ocorreram em Roraima (11,3%), Mato Grosso (10,4%), Piauí (6,2%) e Tocantins (6,0%). Os estados do Rio Grande do Sul (-2,6%), Espírito Santo (-1,7%) e Pará (-0,7%) foram as exceções, apresentando queda em seus respectivos PIBs.
Nenhuma das cinco grandes regiões do Brasil apresentou queda no PIB em 2022. A Região Sul teve um crescimento praticamente estável de 0,1%, enquanto as demais regiões apresentaram altas expressivas: Centro-Oeste (5,9%), Nordeste (3,6%), Sudeste (3,4%) e Norte (2,0%).
Entre os setores econômicos, o destaque foi para o crescimento dos Serviços (4,3%) e da Indústria (1,5%). No entanto, a Agropecuária apresentou uma retração de 1,1%, impactada por fatores como a estiagem prolongada no Rio Grande do Sul. A recuperação econômica observada nos últimos dois anos reflete a superação das dificuldades impostas pela pandemia de COVID-19.
Em termos de participação no PIB nacional, a Região Sudeste teve o maior crescimento relativo, com um aumento de 1,0 ponto percentual, representando 53,3% do total nacional. No mesmo período, a Região Centro-Oeste também registrou um leve aumento de 0,3 p.p. Já as Regiões Sul (-0,7 p.p.) e Norte (-0,6 p.p.) sofreram pequenas perdas de participação, enquanto o Nordeste manteve seu peso de 13,8%.
O Distrito Federal, com o maior PIB per capita do Brasil, seguiu como líder na classificação com R$ 116.713,39. O estado de São Paulo ocupou o terceiro lugar, com R$ 70.470,53, atrás do Rio de Janeiro (R$ 71.849,66). Em relação aos últimos 20 anos, a Região Sudeste foi a única a perder participação no PIB nacional (-4,1 p.p.), principalmente devido à queda das economias de São Paulo e Rio de Janeiro.
O desempenho regional refletiu a diversidade econômica do país. No Norte e Centro-Oeste, a Agropecuária teve um papel crucial, especialmente em estados como Mato Grosso e Roraima, onde a produção de soja contribuiu significativamente para o crescimento. Em estados como Espírito Santo e Pará, a retração foi influenciada pela queda nas Indústrias extrativas, com a redução na produção de minério de ferro e petróleo.
A Região Centro-Oeste, com destaque para Mato Grosso, foi a que mais cresceu, impulsionada também pelo setor de Indústrias de transformação e pelo comércio. Já o desempenho da Região Sul, afetado pela queda da Agropecuária no Rio Grande do Sul, foi o mais modesto.
O IBGE, em parceria com diversos órgãos estaduais, está em processo de revisão das séries históricas do Sistema de Contas Regionais, adotando 2021 como novo ano-base. Até a conclusão dessa atualização, os resultados do PIB regional continuam sendo divulgados com base no ano de 2010. A nova série será integrada aos dados nacionais e trará uma visão mais atualizada da economia brasileira.
Este panorama regional revela um país com realidades econômicas distintas, mas que, de maneira geral, experimenta uma recuperação sólida desde 2021. O crescimento contínuo do PIB, principalmente em estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste, é um sinal positivo para a economia brasileira, apesar dos desafios enfrentados em algumas regiões.
Fonte: Portal do Agronegócio
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