Publicado em: 07/03/2012 às 08:50hs
Demanda
Banco Central - O resultado do PIB do ano de 2011, medido pelo IBGE, ficou em linha com o resultado do IBC-Br, o índice de atividade econômica calculado pelo Banco Central, com o objetivo de ser uma “proxy” do PIB brasileiro. O IBC-Br de 2011 apresentou expansão de 2,72% em relação a 2010, na série sem ajuste sazonal. No último boletim “Economia Brasileira em Perspectiva”, divulgado em fevereiro, o Ministério da Fazenda ainda estimativa um PIB de 3,2% para o ano passado, enquanto o relatório de inflação do BC de dezembro reduziu a projeção anterior para o PIB de 3,5% pra 3%. Para este ano, a estimativa oficial do governo é de uma expansão do PIB de 4,5%.
Intensidade - A forte desaceleração da economia no último ano atingiu todos os componentes do PIB, mas alguns com maior intensidade. Após crescer 7,5% em 2010, o governo e o Banco Central (BC) tomaram medidas para resfriar a demanda interna, com aumento da taxa básica de juros e aperto dos gastos públicos, por exemplo.
Investimento - Pelo lado da demanda, o investimento, que costuma ter comportamento bastante pró-cíclico, foi o componente que mais perdeu fôlego ao longo de 2011, segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, pois havia registrado aumento expressivo de 21,3% em 2010. No consumo das famílias, o ritmo de 2011 também foi menor do que o do ano anterior, mas a queda foi menos intensa, pois esse segmento da demanda havia crescido 6,9% em 2010, abaixo da taxa média da economia.
Oferta - Pelo lado da oferta, a indústria, pressionada também pelo real valorizado e pelo aumento da concorrência com importados, foi o que mais sentiu o peso das ações de política monetária e também a concorrência dos importados - em 2010, seu crescimento chegou a 10,4% em relação a 2009. O setor de serviços também desacelerou ao longo do ano passado, mas se provou mais resiliente, pois havia encerrado 2010 com alta de 5,5%.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR
◄ Leia outras notícias