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COOPERATIVISMO: Agropecuária é a âncora da economia brasileira, diz presidente da Coamo

Em meio a crise que está afetando a economia em escala mundial, o desempenho da agropecuária brasileira está influenciando positivamente os índices nacionais


Publicado em: 26/06/2012 às 09:00hs

COOPERATIVISMO: Agropecuária é a âncora da economia brasileira, diz presidente da Coamo

No ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 2,7%, segundo último levantamento do IBGE, enquanto o PIB da agropecuária encerrou o ano com alta de 3,9%. “Vemos claramente que a agropecuária é a âncora da economia brasileira e que representa o principal setor econômico do país”, disse o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, durante visita ao Sistema Ocepar, na manhã desta segunda-feira (25/06).

 Cooperativismo  - Na avaliação do dirigente, o cooperativismo é um dos principais responsáveis pelo bom desempenho do setor produtivo nacional. “O cooperativismo, de maneira geral, é um sistema importante para todos os setores, tanto que a ONU (Organização das Nações Unidas) determinou o ano de 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. É um reconhecimento do valor que o cooperativismo tem para o desenvolvimento econômico e social dos países”, disse.

 Paraná  – Segundo o dirigente, o cooperativismo do Paraná está bem estruturado e, especificamente em relação à agropecuária, presta um relevante serviço na medida em que consegue transmitir novas tecnologias e apoiar os agricultores em questões como acesso a recursos e o seguro agrícola. “No caso da Coamo, houve um expressivo ganho de produtividade desde que fundamos a cooperativa, em 1970. Naquela época, colhíamos 70 sacas de soja por alqueire e, hoje, em alguns casos, são colhidas mais de 270 sacas. Não podemos afirmar que este aumento de produtividade foi somente por causa da Coamo mas, com toda a certeza, a cooperativa contribuiu para isso, pois conseguiu levar novas tecnologias para mais gente, ou seja, para os seus 24 mil cooperados e, com isto, estamos conseguindo na região de atuação da Coamo uma média geral de produtividade bem elevada, em relação, inclusive, a outras regiões do Estado”, afirmou.

Econômico – Gallassini afirma ainda que outro fato que explica o sucesso do cooperativismo paranaense é a visão de que é preciso focar no aspecto econômico das atividades. “Sempre digo que temos que perguntar qual o aspecto mais importante do cooperativismo: o econômico ou o social? Tenho que dizer que em todos os setores, o econômico é o principal, pois é isto que viabiliza o social. Se olharmos só para o social, teremos déficit, prejuízo e até podemos quebrar. Porém, é importante destacar que temos que priorizar o econômico, mas ter a consciência de que ele deve servir ao social”.

Coamo - A Coamo possui 24.216 cooperados, 5.634 funcionários e a área de atuação abrange, além de munícipios do Paraná, também Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Em 2011, a cooperativa respondeu por mais de 50% das exportações do cooperativismo paranaense, atingindo US$ 1,1 bilhão e se posicionou como a 35ª maior empresa exportadora brasileira. As receitas globais da Coamo somaram R$ 5,97 bilhões e R$ 369,48 milhões foram distribuídos em sobras no ano passado. Gallassini conta que a cooperativa tem apresentado um crescimento bastante significativo nos últimos anos e que este desempenho deve ser incrementado ainda mais nos próximos anos por conta dos investimentos aprovados na assembleia geral deste ano, previstos em R$ 275 milhões para o biênio 2012-2014. “A meta é construir cinco novos entrepostos no Paraná e três no Mato Grosso do Sul. Também iremos ampliar e modernizar 40 entrepostos”, declarou o dirigente. Outros investimentos devem abranger a construção de um moinho com capacidade de 500 toneladas/dia de farinha de trigo e também a duplicação da produção na indústria de gordura vegetal.

Quadro social - Além disso, a cooperativa vem investindo bastante no quadro social, com a finalidade de fazer com que os 24 mil cooperados possam adotar novas tecnologias e desta forma aumentar sua renda. “Nós temos um trabalho grande, do ponto de vista econômico da Coamo, em que fornecemos a prazo de safra. E além da Coamo, temos a Credicoamo que investe muito em custeio e investimento, tanto que este ano foram repassados cerca de R$ 600 milhões aos cooperados.  Além disso, estamos bem estruturados também na questão do seguro agrícola, com a Via Sollus Corretora de Seguros, empresa que atende todos os cooperados da Coamo, de maneira que todos os prazos de safra possam ter seguro agrícola, e também todos os cooperados que financiam custeio pela CrediCoamo. A finalidade é proporcionar segurança ao produtor contra perdas para que ele não fique endividado caso venha enfrentar problemas de quebra de safra”, disse.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

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