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Conab muda estimativa e produção de algodão deve cair 26% em MT

Líder na produção de algodão no país, Mato Grosso poderá registrar queda de 26,9% na safra atual, atingindo pouco mais de 2 milhões de toneladas do algodão em caroço, segundo a nova estimativa apresentada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)


Publicado em: 08/02/2013 às 12:50hs

Conab muda estimativa e produção de algodão deve cair 26% em MT

No levantamento anterior, a projeção de queda era de 27,9% em relação a safra de 2011/2012, quando foram somados 2,7 milhões de toneladas.

A área destinada ao cultivo está projetada em 537 mil hectares ( na safra anterior foi de 725,7 mil hectares). Já a produtividade prevista é de 3.750 kg/ha (1,2% menor ante a safra passada). Quanto à produção da pluma, a expectativa apontada no estudo é de 765,2 mil toneladas na safra atual ante pouco mais de 1 milhão de toneladas alcançadas na safra anterior.

A redução não é apenas no Estado. Na Bahia, segundo no ranking da produção nacional, o recuo está estimado em 12,1%, projetando produção de pouco mais de 1 milhão de toneladas (na safra 2011/12 atingiu 1,2 milhão/t).

Nacionalmente, a produção do algodão em caroço está estimada em 3,7 milhões de toneladas, 24,3% a menos do que o alcançado na safra passada, segundo a Conab. Em relação a pluma, estima-se alcançar 1,4 milhão de toneladas (ante 1,8 milhão/t da safra anterior).

Oferta e demanda

Considerando a nova avaliação, a oferta total do produto (estoque inicial + produção + importação) para o exercício continua na faixa de 1.967,4 mil toneladas, enquanto que a demanda total (consumo interno + exportação) encontra-se ligeiramente inferior, avaliada em 1.552 mil toneladas, já que foi reduzido o prognóstico de exportações para 665 mil toneladas.

Quanto às importações, estima-se que as indústrias poderão lançar mão de compras no mercado externo de aproximadamente 60 mil toneladas de pluma para suprir as necessidades imediatas de consumo no primeiro semestre (período de entressafra), devido previsão de atraso na colheita em Goiás e Bahia, devido a fatores climáticos que influenciaram no plantio. O levantamento lembra que, em condições normais de clima, os cotonicultores destas localidades começam a disponibilizar matéria-prima para o mercado no final do mês de maio.

O estudo reforça ainda que a decisão das indústrias em comprar  o produto no mercado externo vai ser tomada de acordo com a premência de suas reais necessidades e também com base nos indicadores de paridade de importação que atualmente se mostram amplamente desfavoráveis à internacionalização do produto. Como resultado final,  o prognóstico de estoque de passagem no encerramento do exercício avaliado em 415,4 mil toneladas de pluma.

Fonte: Só Notícias

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