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CÂMBIO: Dólar voltará a R$ 1,80 quando mercado se acalmar, prevê AEB

O dólar se desvalorizará frente ao real assim que o mercado financeiro se acalmar, disse nesta segunda-feira (14/05) o vice- presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro


Publicado em: 15/05/2012 às 18:30hs

CÂMBIO: Dólar voltará a R$ 1,80 quando mercado se acalmar, prevê AEB

De acordo com ele, o câmbio voltará para uma taxa de R$ 1,80, flutuando até R$ 1,85. “Nosso câmbio de equilíbrio é R$ 2,20. O dólar se valorizou recentemente por causa da Grécia, mas ainda não podemos comemorar um dólar próximo a R$ 2. Mas de qualquer forma é um avanço”, disse o dirigente, que participará hoje do Fórum Nacional organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos.
 
 Estímulo  - Na avaliação de Castro, o dólar a R$ 2,20 estimularia as exportações brasileiras de bens de capital, e não somente de commodities, como ocorre hoje. Com o dólar nesse patamar, afirma o vice-presidente da AEB, as importadoras brasileiras comprariam somente os bens necessários, uma vez que os produtos brasileiros estariam competitivos.
 
 EUA  - “Isso estimularia as exportações, enquanto as importações também não cessariam”. Com essa taxa de câmbio, o Brasil recuperaria exportações para o mercado americano, afirma Castro. Segundo ele, as exportações brasileiras aos EUA nos últimos dez anos passaram a representar 10% de tudo o que é vendido pelo país. Antes, diz, essa participação era de 25%. “Ganharíamos mercado com venda de manufaturado, como calçados, autopeças e equipamentos”, disse. Para Castro, o mercado americano é a melhor opção para o Brasil ampliar suas exportações, já que os Estados Unidos estão em crescimento, ao passo que a Europa está em crise e a China “compra apenas commodities”.
 
 Competitividade  - Com câmbio ao redor de R$ 2,20, na opinião de Castro, o Brasil recuperaria sua competitividade e compensaria os problemas estruturais, tais como elevada carga tributária, juros altos e infraestrutura deficiente.  “Hoje só se discute a infraestrutura do país por causa do câmbio, que não está favorável. Só dependemos do câmbio para voltarmos a ser competitivos”, afirmou.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

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