Em encontro entre executivos do varejo e membros do conselho de desenvolvimento estratégico da Alshop, Octavio de Barros disse que, para isso, o modelo de crescimento do País terá que se adaptar a uma nova realidade.

Atualmente, o Brasil se concentrou em políticas de fornecer crédito farto, pesados investimentos em políticas sociais, câmbio valorizado - o que ajuda a elevar o consumo e a renda - e, por fim, uma boa capacidade de angariar recursos via uma carga tributária crescente.

Entretanto, Octavio frisa que o crédito não continuará a crescer 25% ao ano, assim como o câmbio se encontrará em um patamar menos valorizado - segundo ele, sem as recentes intervenções do Governo o dólar estaria cotado em cerca de R$ 1,63, contra o atual patamar acima de R$ 1,80.

Dessa forma, o Brasil entra em um novo paradigma, afirma, e se concentraria no ganho de competitividade e de eficiência, na redução do gasto com custeio - tendo em vista que o custo de transação em alguns setores da economia é muito elevado - uma queda no juro de médio e de longo prazo e um mix de investimentos, público e o privado, conclui.

Investimento

O Corredor Ferroviário do Paraná, ligando Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá (PR), passando por Cascavel e Guarapuava, com 1.116 quilômetros (km) de extensão, foi um dos projetos discutidos ontem, em Curitiba, pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, com representantes do empresariado e do governo estadual no âmbito do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná. O ministro informou que o governo federal vai lançar, nos próximos dias, o edital para elaboração dos estudos de viabilidade da obra.

"Temos que mudar a matriz do transporte no Brasil, dando ênfase a outros modais", disse

As obras do Paraná serão feitas com R$ 609,8 milhões , sendo R$ 491,1 milhões vindos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).