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AviSulat 2012 fecha com painel de Economia

Três autoridades no assunto abordaram diferentes aspectos sobre a questão


Publicado em: 26/11/2012 às 16:50hs

AviSulat 2012 fecha com painel de Economia

O tema do painel de encerramento do AviSulat 2012 - III Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios desta tarde de sexta-feira, 23, foi Economia. Três autoridades no assunto abordaram diferentes aspectos sobre a questão: Heitor José Müller, presidente da Fiergs; Luiz Fernando Mainardi, secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado; e José Hermeto Hoffmann, diretor do BRDE e sponsor Agroindústria na Política Industrial no RS.

A palestra de Heitor José Müller, “Avaliando a Economia Estadual, Nacional e Internacional e a importância do Agronegócio para o futuro do Brasil”, trouxe dados da Economia no Rio Grande do Sul (desajuste das contas públicas, déficit da Previdência, generosidade no passado), no Brasil (melhorias: redução de juros e spreads, câmbio “menos ruim”, redução do custo de energia, PPPs para infraestrutura; desafio: tempo, projetos e burocracia; barreiras: radicalismo ideológico e restrições a pretexto da questão ambiental) e no panorama internacional (crise mundial, fraca e lenta recuperação das economias importantes, concorrência dos países asiáticos, distorção das relações de troca e as mudanças em Cuba).

Sobre a importância do Agronegócio para o Brasil, o presidente da Fiergs considerou principalmente o fato de existir terra em abundância no País e 3.300 horas de sol por ano, além de ter entre 15% e 20% das reservas de água doce do mundo. “Terra, sol e água significam fotossíntese, o que resulta em alto potencial de produção agropecuária e afins”, disse. “Podemos aumentar em muito a agroindústria brasileira. Hoje, o agronegócio representa 23% do PIB nacional e gera 37% dos empregos.”

Segundo Müller, nos últimos 20 anos, a produção agropecuária cresceu 178% e a área plantada utilizada, apenas 37%. “Isto quer dizer produtividade”, destacou. “E produtividade crescente significa sustentabilidade ao usar menor área para cada vez maior volume de produtos finais, mas os governos cuidam apenas de um dos lados dessa moeda, o abastecimento, e esquecem que há cadeias produtivas que começam lá nas menores propriedades com um ser que não é valorizado, o produtor rural.”

Para finalizar, elencou os grandes desafios para o futuro: o aumento da idade média da população, a infraestrutura, a necessidade de novos arranjos nas manufaturas e serviços, a demanda global por energia (que, de acordo com ele, aumentará 50% em 20 anos) e o consumo crescente de água. “Todos esses desafios estão entrelaçados no conceito da sustentabilidade”, afirmou Müller. “Precisaremos duplicar a produção de alimentos nos próximos 50 anos. Sem sustentabilidade, não haverá futuro.”

Após o presidente da Fiergs, foi a vez do secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado falar sobre “Ações do Governo do Estado em fomento à produção e defesa sanitária e programas”. Mainardi anunciou que, no próximo dia 30, o governador Tarso Genro e o ministro da Mendes Ribeiro Filho assinarão um Termo de Cooperação para solucionar a polêmica questão do milho no Estado. “Não podemos permitir que todo o nosso milho vá embora porque os Estados Unidos estão sem milho. Temos que garantir milho suficiente para abastecer a nossa cadeia produtiva”, defendeu o secretário. E citou o Programa Estadual de Irrigação do Rio Grande do Sul como alternativa para combater o risco de perdas de lavouras por estiagem e aumentar a produção de milho no Estado.

Para encerrar o debate, José Hermeto Hoffmann apresentou as “As Ações do Governo do Estado na Promoção de Investimentos”, que incluem proposições de curto prazo, como a diversificação de exportações, a abertura de novos mercados e a retenção do milho, e de longo prazo, que incluem questões estruturais e de competitividade, como o transporte ferroviário e rodoviário de grãos. “É o momento de qualificarmos nossa produção”, disse ele, que apontou os três fatores de maior competitividade do Estado: mão de obra, distância de mercados consumidores e custos de produção. “Principalmente a nossa mão de obra! Está no DNA do nosso produtor de origem europeia”, enfatizou.

Fonte: Assessoria de Imprensa AviSulat

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