Publicado em: 22/03/2013 às 15:20hs
Embarques da produção estadual para o país asiático movimentou US$ 207,898 milhões, sendo 689% superior ao saldo observado no mesmo período do ano passado, de US$ 26,337 milhões. Com esse desempenho, o Japão superou as negociações realizadas pelo Estado com a China, principal comprador dos produtos mato-grossenses em 2012. De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a China importou US$ 206,403 milhões de Mato Grosso no acumulado de janeiro e fevereiro, queda de 18,47% na comparação com 2012, quando foram US$ 253,175 milhões. Principal comprador da produção estadual no 1º bimestre de 2013 foi a Coreia do Sul, com US$ 326,301 milhões.
Na quarta-feira (20), uma missão do governo japonês visitou o município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá. Grupo mostrou interesse em ampliar a aquisição de milho e os investimentos no Estado, diz o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alan Zanatta, que acompanhou os visitantes. Durante a passagem por Sorriso, a comitiva visitou lavouras de milho da região, além de frigoríficos de aves e suínos. Intenção dos japoneses é adquirir o grão para convertê-lo em ração para engorda de animais e aves.
Nesta semana, os representantes do país asiático participaram de reunião com técnicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) em Cuiabá. “Nossa intenção é aumentar as exportações do produto já industrializado”. Diretor administrativo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Roger Augusto Rodrigues, lembra que o Japão é totalmente dependente das importações de milho, soja e derivados. “Como temos um volume alto de produção, se pudermos agregar a ampliação de mercado com maior processamento dos grãos, melhor porque agregamos mais valor aos nossos produtos”.
Contrato
Foi suspenso nesta semana pela importadora chinesa Sunrise a importação de 2 milhões de toneladas de soja brasileira. Justificativa para a interrupção na compra são os atrasos nos embarques da commodity. A empresa confirmou que pretende retomar as negociações com o Brasil quando as condições de transporte melhorarem. Enquanto isso irá direcionar as importações para a Argentina, 3º maior produtor mundial de soja, a partir do próximo mês.
O diretor da Aprosoja afirma que a espera dos caminhões nas filas para descarga da soja no porto de Paranaguá chega a 60 dias e em Santos até 32 dias. “A diária de um navio parado é muito alta, então fica inviável esperar”. Acrescenta que este cenário trava as exportações brasileiras, que terão que se alongar até agosto, quando a produção norte-americana começa a ser disponibilizada ao mercado mundial. Lembra ainda que o acúmulo de soja nos armazéns provoca outro problema, a dificuldade em estocar o milho 2ª safra, que é colhido e fica ao relento.
Exportações
No 1º bimestre de 2013 foram exportadas 3,738 milhões de toneladas de milho em grão por Mato Grosso, volume 469% superior ao registrado em 2012. Receita gerada com a comercialização alcançou US$ 1,046 bilhão, superando em 506,58% o saldo obtido nos dois 2 meses do ano passado (US$ 172,512 milhões). Os principais destinos do grão foram os países asiáticos.
Fonte: A Gazeta
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