Publicado em: 27/02/2012 às 16:30hs
Com crescente poder de compra, essa classe já representa 15,4% das propriedades rurais e 13,6% do Valor Bruto da Produção (VBP). É dessas propriedades que saem 39% do leite, 17% da carne bovina e 19% do café, da mandioca e de produtos de horta produzidos no país.
Ao contrário das classes D e E, os proprietários rurais da C tiram da terra a maior parte do seu sustento, explica o autor do estudo, Mauro Lopes, coordenador do Centro de Estudos Agrícolas (CEA) do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV. Segundo ele, apenas 27% da renda total dessas famílias vêm de fontes externas, enquanto que nas classes D e E, as aposentadorias e os programas públicos representam 52% da renda líquida. Nas classes A/B, somente 6% da renda provêm de fontes externas à agropecuária. "As classes D e E não têm condições de gerar renda suficiente na atividade agrícola", pontua Lopes.
O estudo concluiu que a adoção de tecnologia é crucial para que os produtores das classes D e E, que somam 3,65 milhões de propriedades no país, ascendam à C. "É como um processo de seleção natural", diz Lopes. Os números corroboram a tese. Nas classes A e B, os adubos representam 41% dos gastos das propriedades, mas esse índice cai para 31% na classe C e 24% nas D e E. Nos agroquímicos, a diferença é ainda maior: 30% na A/B, 23% na C e 12% na D/E.
O peso no VBP
- Classe A/B - Responsável por 78,8%
- Classe C - 13,6%
- Classe D/E - 7,6%
Fonte: Correio do Povo
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