Publicado em: 29/01/2013 às 13:10hs
"Há muita procura [das companhias] para participarem das novas concessões na área de infraestrutura."
Coutinho disse que sentiu forte interesse de empresas que, além de construírem, participam via PPP na exploração dos serviços. Elas, inclusive, o questionaram sobre os financiamentos.
Sobre aportes de empresas estrangeiras no país, o economista disse que sua "percepção corroborou com a pesquisa da Unctad [braço da ONU para o comércio e o desenvolvimento] que coloca o Brasil como o terceiro maior destino de investimento direto. Mas é claro que na China é maior."
Com relação à energia, o BNDES não vai financiar a diferença na redução de preços entre o que a presidente Dilma Rousseff anunciou e o resultado, que não teve a adesão de 100%.
"Nem poderia, o BNDES financia investimento, não é agente de gasto. Podemos financiar o investimento novo", disse.
"O custo não é financiável. O Tesouro Nacional é que tem de cobrir."
Para o economista, não existe a percepção de que o Brasil estagnou e não vai crescer mais. Há apenas a percepção de que foi um ano conjuntural ruim.
"A pergunta não é se a economia vai crescer ou por que não cresceu. A pergunta é quanto vai crescer."
Coutinho disse ainda que ouviu críticas sobre logística.
"Respondi que o governo já está fazendo um grande esforço de privatização via concessões."
Outra reclamação foi em relação à exigência de conteúdo local, que estaria atrasando alguns programas da Petrobras.
Coutinho rebateu afirmando que a primeira geração de equipamentos foi importada e que são justamente essas máquinas que estão postergando os programas.
Para Coutinho, a marca do Fórum deste ano foi de certo otimismo em relação aos Estado Unidos e de alívio, de que o pior já passou.
"O grande empresariado, a grande banca, está muito mais favorável do que no ano passado, quando havia um clima de pessimismo."
Os problemas, porém, ainda não passaram totalmente.
"A Europa não tem salvação, vai passar o ano estagnada", acrescentou.
Fonte: Folha de S. Paulo
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