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Alimentos devem subir mais no fim do mês, prevê a Votorantim Corretora

A alta de 1,08% nos alimentos no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ? 15 (IPCA-15) de setembro surpreendeu o analista Bruno Surano, da Votorantim Corretora, que esperava taxa menos pressionada para o grupo


Publicado em: 21/09/2012 às 16:00hs

Alimentos devem subir mais no fim do mês, prevê a Votorantim Corretora

Na leitura de agosto, o grupo alimentação e bebidas havia subido 0,76%. Na passagem de agosto para setembro, o IPCA-15 se acelerou de 0,39% para 0,48%, com altas maiores em cinco dos nove grupos de preços pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sozinho, o grupo alimentação respondeu por mais da metade do índice do mês, com impacto adicional de 0,25 ponto percentual.

Surano destaca a parte de carnes, que deixaram queda de 0,76% em agosto para elevação de 1,79% em setembro. “Essa alta, principalmente das carnes de frango e suína, é decorrente dos custos de ração mais altos”, explica, como reflexo da recente disparada dos grãos no atacado após a estiagem que quebrou a safra de grãos nos Estados Unidos.

Os preços de soja e milho já estão cedendo no atacado, mas o impacto indireto da subida no varejo ainda não atingiu seu pico, de acordo com Surano. “Alimentação deve subir, na média mensal, 0,86% até o fim do ano”, projeta.

Além das carnes, outros produtos alimentícios se encontram pressionados por problema de oferta interna, tais como batata-inglesa (15,6%), cebola (9%), tomate (4,5%) e arroz (3,9%). Segundo Surano, a tendência para alimentos in natura é de desaceleração, mas o aumento esperado para as carnes deve mais que compensar essa ajuda.

Puxado por alimentos, mas com taxas maiores também nos grupos transportes e vestuário, o analista estima alta de 0,52% para o IPCA fechado do mês.

Fonte: Avisite

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