Brasil

Exportadores de olho na Ásia

O continente asiático é atualmente o destino com maior potencial para receber produtos brasileiros


Publicado em: 15/07/2010 às 10:41hs

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No primeiro semestre de 2010, os países da Ásia compraram 24,4% mais artigos nacionais que o mesmo período do ano passado. Isso fez com que a região se tornasse a principal importadora de bens produzidos no País, com uma participação de 27,3% nas exportações nacionais. As potencialidades do mercado asiático é um dos temas das diversas palestras que integram a programação do Encontro de Comércio Exterior (Encomex) do Recife, que começou ontem e termina hoje, no Centro de Convenções de Pernambuco.

Mostrando ainda uma recuperação econômica mais rápida que a dos Estados Unidos e da União Europeia, as nações asiáticas se apresentam como mercados consumidores propícios para empresários pernambucanos, especialmente os dos setores de alimentos (frutas frescas, sucos, concentrados, doces e açúcar) e de tecnologia da informação (TI).

Seguindo a trajetória nacional, o Estado também ampliou suas exportações para a Ásia no primeiro semestre de 2010. Afora o açúcar (26,1 mil toneladas enviadas, 30 vezes mais que as 864 toneladas exportadas nos primeiros seis meses de 2009), blocos de granito, mangas, sucos, pedaços e miudezas de aves, borracha e couro de bovinos registraram crescimento.

“Antes, o maior comprador do Brasil era os Estados Unidos. Hoje é a China. E se antes era a União Europeia o principal bloco econômico a adquirir artigos brasileiros, esse posto passou para a Ásia”, explica o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral. De maneira genérica, acrescenta o secretário, os países em desenvolvimento – grande parte se encontra no continente asiático – compravam 30% do que o Brasil produzia. “Isso se inverteu, hoje eles respondem por 70%”, afirma.

Para Barral, o setor de tecnologia da informação (TI) pernambucano também possui grande potencial. “Se formos comparar o setor de TI nacional com o indiano, por exemplo, vemos que os brasileiros têm mais domínio de outros idiomas e qualificação igual. Pernambuco se destaca nesse sentido, com a vantagem de possuir uma mão de obra mais barata que outros Estados”, explica. Outro mercado local que pode encontrar portas abertas na Ásia, na opinião de Barral, é o pesqueiro. “Pernambuco só não tem condições de competir com têxteis e calçados, pois esses artigos são produzidos em grande escala no continente asiático”, finaliza.

ÁFRICA

Apesar de ter reduzido as compras de artigos brasileiros (-8,7% no primeiro semestre), o continente africano também é apontado como consumidor com grande potencial de crescimento.

Barral explica que o movimento de recuperação econômica em países da África, com Angola e África do Sul, em especial, abre várias oportunidades para empresas pernambucanas, especialmente indústrias de construção civil e prestadoras de serviço.

Fonte: Jornal do Commercio

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