Publicado em: 28/10/2009 às 13:42hs
Sub-grãos
O relatório da USDA, de setembro de 2009, traz a previsão da produção mundial de soja, milho, trigo, café, álcool, cana-de-açúcar, açúcar, bovinocultura, suinocultura e avicultura. Esta previsão é referente a safra de 2009/10.
A produção mundial de soja prevista para a safra 2009/10 será de 243,94 milhões de toneladas, ou seja, um incremento de 15,76% se comparado com a safra 2008/09. Esse relatório prevê também um aumento da área plantada em 3,74 milhões de hectares (3,88%), projetada em 100,01 milhões de hectares para a safra 2009/10. Esse incremento se confirma nos três principais países produtores da commodity, EUA, Brasil e Argentina.
O milho, mesmo tendo no Brasil a redução de sua área plantada e produção, tem no Paraná seu maior produtor 1° Safra e o Mato Grosso segue na liderança na produção de milho safrinha. Atrás dos EUA e China, o Brasil é o terceiro principal produtor desta commodity.
Já a produção mundial de trigo na safra 2009/2010 deve atingir 663,72 milhões de toneladas, uma queda de 2,72% em relação à safra 2008/2009. A área mundial de plantio de trigo deve ter um leve aumento de 0,57% na comparação com a safra anterior. Em relação à China, a maior produtora mundial de trigo, as estimativas para a safra 2009/10 apontam para um recorde histórico de produção de 114,5 milhões de toneladas, superando os 113,88 milhões de toneladas obtidos na safra 1999/00. Brasil representa apenas 0,90% do total de trigo produzido.
O café tem sua safra estimada em 27,44 milhões de sacas, apresentando uma redução de 5,44% no comparativo com a safra 2008/09. Em relação à análise do consumo de café pelo Brasil, a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), cogita a hipótese de que o Brasil, além de maior produtor e exportador mundial de café, deve se tornar o maior consumidor do mundo.
Quanto ao nível de estoques de café, verifica-se uma redução dos estoques em todos os países analisados. A nível mundial espera-se um déficit de 5,7 milhões de sacas para a safra 2009/10, demonstrando que no caso do café, ao contrário de outras commodities, o mundo está consumindo os estoques.
O segundo levantamento da CONAB, de setembro de 2009, indica que a previsão de cana-de-açúcar a ser processada pela indústria sucroalcooleira na safra 2009 deverá atingir um montante de 629,02 milhões de toneladas, este volume representa um aumento de 10,01% do obtido na safra 2007/08, ou seja, 57,2 milhões de toneladas a mais do que na safra anterior.
De acordo com o levantamento trimestral do USDA (2009) para o açúcar, o Brasil continua sendo o maior produtor mundial de açúcar com 32,35 milhões de toneladas (21,75% do total produzido), seguido pela Índia. Apesar da tendência mundial da redução dos estoques de açúcar o Brasil aumentou seu estoque em 43,01% esse aumento é justificado pela maior destinação da cana-de-açúcar para a produção de açúcar e o aumento na área plantada.
A produção do álcool sofreu reduções em relação ao álcool anidrido, porém o álcool hidratado teve sua produção aumentada, quando comparado a safra de 2008. O álcool anidro que é utilizado com aditivo na gasolina.
A queda nas exportações se deu devido a um longo período de crise econômica que reduziu o preço do petróleo, que é concorrente direto com o etanol e o milho, que é utilizado para a produção do mesmo em países de clima temperado.
O setor avícola brasileiro continua em ritmo de recuperação. Na análise do segundo trimestre de 2009, foram produzidas 2.624,5 mil toneladas de carne de frango, produção 3,65% maior do que no primeiro trimestre de 2009 quando foram produzidas 2.532,2 mil toneladas. A liderança nas exportações fica a cargo do Brasil, que mesmo participando com 15,31% da produção mundial, representa 38,49% das exportações de aves, fato esse que se deve ao menor consumo brasileiro em relação aos EUA.
Quanto a bovinocultura, o relatório estima que a produção global em 2009 seja 2,18% menor, devido à redução do rebanho, alto custo e baixo retorno. O recuo da exportação brasileira é fruto da crise econômica mundial, que ocasionou a queda do abate, devido à retração no número de abates nos estados de MT, SP, MS e GO principais estados brasileiros de abate de bovino e responsável por 48,3% da produção nacional conforme dados do IBGE e na redução do rebanho que restringiu a oferta de animais para o abate.
A carne suína tem a China como sua principal produtora e consumidora. Contudo, O primeiro semestre de 2009 demonstrou bons números para a exportação de carne suína brasileira. Se comparado com o mesmo período de 2008 houve um aumento de 9,63% no volume exportado, alcançando 289,98 mil/t. Analisando o segundo trimestre de 2009 observa-se um cenário otimista em relação ao aumento das exportações.
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Fonte: UEM
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