Publicado em: 02/12/2013 às 01:00hs
Projeções revelam que a população mundial crescerá para nove bilhões de pessoas até 2050 o que traz desafios e oportunidades para o agronegócio brasileiro. Uma possível crescente demanda por alimentos, advinda do aumento da população mundial torna o Brasil a grande esperança para alimentar essa população cada vez maior.
A FAO nos diz, com base em cenários de demanda, que a produção de carnes precisa crescer 48% de hoje a 2030 e mais 21% de 2030 a 2050. O milho, para dar conta de engordar todo o frango e suínos que as pessoas comerão a mais, terá de crescer 30%, no primeiro período, e mais 17%, no segundo. Oleaginosas, cujo cultivo se expandirá pelas mesmas razões que o milho e também pelo crescente consumo de óleos vegetais, terão de crescer 43% e 37%, açúcar, 60% e 15%, levando em conta iguais períodos. Mesmo o arroz, produto menos dinâmico, terá de crescer 19% e 4%. O número é surpreendente: de hoje a 2050 o mundo terá de produzir mais 1 bilhão de toneladas de milho e oleaginosas, sendo necessários 90 milhões de hectares a mais.
O agronegócio brasileiro se destaca na produção da maioria desses produtos, e tem mostrado capacidade de aumentar a produção à taxas maiores que as mundiais, devido a boa capacidade produtiva do agronegócio o país tem se destacado no cenário de exportações e diminuído a necessidade de importação de produtos de outros países, apesar de ainda houver necessidade em alguns casos. Assim, fazendo com que a balança comercial apresente superávit que nada mais é do que exportar mais do que importar produtos.
O mundo olha para o Brasil com olhos de esperança e espera que o país se posicione e crie mecanismos para liderar o comércio de commodities global, que são produtos de baixo valor agregado, nos próximos anos. Será que o nosso agronegócio está preparado para assumir esta posição de liderança? Temos um longo caminho a percorrer? O que fazer para chegar à posição almejada?
Sem dúvidas temos um longo caminho a percorrer e desafios a serem enfrentados, temos uma grande capacidade produtiva e eficientes complexos agroindustriais e cadeias produtivas, que são um conjunto de etapas consecutivas pelas quais passam e vão sendo transformados os diversos insumos, mas para chegar à posição de liderança é preciso de algo mais. Para que esse crescimento da produção de alimentos seja ainda mais eficiente, o país necessita de uma política por parte do governo que atenda melhor as necessidades do produtor rural, pois sem ele é impossível alimentar essa população.
O cenário para o agronegócio é promissor e o aumento da eficiência produtiva, com aumento de produtividade aliada à qualidade e inovação tecnológica, produção aliada à sustentabilidade, aumento de competitividade acompanhada de melhoramento da infraestrutura de escoamento de produção, melhoramento de estradas, portos, diminuição dos custos de produção, agregação de valor aos produtos e demais entraves que o setor enfrenta, se faz necessário para que o agronegócio brasileiro consiga acompanhar o ritmo de crescimento e supra a demanda de produtos, ocupando assim posição de destaque e liderança no comércio exterior, alimentando assim a esperança de uma grande população. Pois o que interessa não é o que um país produz, mas como ele produz em relação aos seus melhores concorrentes. O mundo claramente espera eficiência e liderança do Brasil nessa área.
Fonte: Daniella Azevedo Leite da Silva
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