Os resultados são comemorados pela família que já pensa em aumentar a área de 0,4 hectares cultivados com moranguinho orgânico das variedades camrose e aromas, de ciclo de produção curto (agosto a dezembro) e longo (produzido até abril), respectivamente. A intenção, segundo ele, é acrescentar uma variedade de inverno. “Assim, fecharíamos o ciclo e teríamos produção o ano inteiro”, avalia.

Gonçalves lembra que decidiu diversificar a produção, já que com o cultivo de grãos não dava mais para permanecer na propriedade. Ele iniciou o cultivo com 2 mil pés e hoje a produção é de 6 mil pés de moranguinhos, com produção de 6 toneladas na safra passada. Gonçalves e a esposa Iria Salete lembram que o primeiro incentivo para diversificação, com a inclusão do moranguinho, veio do filho que é formado em técnico em Agroecologia. “Também temos orientação da Emater e apoio de outras entidades”.

Além dos morangos, a família cultiva figo e hortaliças orgânicas. “Pensamos em ter renda, mas com produtos sem agrotóxicos. Queremos vender qualidade de vida”, disse. O casal conta que ainda está buscando conhecimento para a cultura de figo, cultivada em 1,0 hectare.

Irrigação

Outro fator decisivo para garantia da produção dos moranguinhos e hortaliças é o uso da irrigação. “Seria inviável sem a irrigação”, garante. O sistema usado é o de gotejamento.

Ele conta orgulhoso que o cultivo orgânico deu tão certo que já adquiriu uma caminhonete para o transporte da produção até os locais de comercialização. Também iniciou a construção da casa para o filho que decidiu permanecer no campo, e ajudar os pais na produção dos moranguinhos e hortaliças orgânicas.

A produção é comercializada em Barão de Cotegipe e em Erechim, em feiras do produtor, entre outros locais.