Meio Ambiente

Setor sucroenergético terá redução de gases de 112 mi de t/ano em 2020

Eduado Leão, diretor da UNICA, exaltou benefícios ambientais da cana durante audiência no Senado Federal


Publicado em: 11/05/2012 às 09:50hs

Setor sucroenergético terá redução de gases de 112 mi de t/ano em 2020

Nos últimos 30 anos, a utilização do etanol de cana-de-açúcar e a bioeletricidade produzida com o bagaço da cana foram responsáveis por evitar a emissão de 600 milhões de toneladas de gases que contribuem para o efeito estufa. Mantido o atual ritmo, a redução de emissões deve atingir 112 milhões de toneladas anuais em 2020, o que representa 30% a 40% da redução esperada do setor de energia, conforme compromissos assumidos pelo governo brasileiro para combater o aquecimento global.

Este cenário foi apresentado em audiência pública realizada na quinta-feira (03-05) em Brasília, na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle (CMA) do Senado Federal pelo diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa. “O que é preciso são políticas públicas de longo prazo que possam dar sustentação ao crescimento deste importante e estratégico setor para a economia do País,” afirmou o executivo para uma platéia de parlamentares e convidados.

Rio + 20

As discussões sobre mudanças climáticas e o uso em grande escala do etanol pelo Brasil ganharam colorido no Senado em função da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, que ocorre entre os dias 13 e 22 de junho no Rio de Janeiro (RJ). Para o senador Rodrigo Rollemberg (PSD-DF), que presidiu os trabalhos na Comissão, “não se pode discutir economia verde sem falar em mudança da matriz energética. As fontes mais utilizadas no mundo, os combustíveis de origem fóssil, são os grandes responsáveis pelo aquecimento global.”

Durante sua apresentação, Sousa destacou a geração de mais de 1,2 milhão de empregos diretos pelo setor sucroenergético e a perspectiva de acréscimo de 350 mil vagas até 2020. “Isto sem contar com o compromisso do setor para requalificar de 20 a 25 mil trabalhadores por ano em razão do fim do corte manual da cana e do avanço da mecanização,” afirmou.

Além do diretor da UNICA e dos senadores Rollemberg, Jorge Viana (PT/AC) e Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM), o encontro contou com as participações do Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério das Minas e Energia, Altino Ventura; do Assessor Técnico da Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Neiton Fidelis; e do Coordenador do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico, Marcelo Moraes.

Fonte: UNICA - União da Indústria de Cana-de-açúcar

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