Meio Ambiente

RIO+20: Ocepar integra comitê paranaense

O governador Beto Richa e o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk, empossaram, na manhã desta quinta-feira (15/03), os membros do Comitê Paranaense para a Rio+20, evento que acontece de 20 a 22 de junho, no Rio de Janeiro (RJ), com a participação de mais de 170 países, mais de 100 governantes e mais de 10 mil jornalistas de todo o mundo


Publicado em: 16/03/2012 às 10:10hs

RIO+20: Ocepar integra comitê paranaense

O engenheiro agrônomo e assessor da área ambiental da Ocepar, Sílvio Krinski, é um dos representantes do setor empresarial no Comitê, cujos principais objetivos são organizar, mobilizar e qualificar o Estado para a conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável.

Solenidade - A cerimônia aconteceu no Auditório Mário Lobo do Palácio das Araucárias, em Curitiba, com a presença de secretários, parlamentares, dirigentes de órgãos governamentais, entidades ambientais locais, ONGs e segmentos da sociedade ligados ao meio ambiente, educação, agricultura, indústria e comércio. O presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, falou em nome das entidades representativas da sociedade civil. "O Paraná está preparado para dar uma grande contribuição ao evento e, se nós tivermos a aprovação do Código Florestal ainda esse ano, antes da Rio+20, evidentemente vai coroar com êxito todo esse trabalho porque o Código Florestal não é um fim. É um começo, um referencial. Nós  temos a absoluta certeza que ele vai permitir ampliar a área de preservação, aumentar a área com florestas, não só no Estado mas em todo o País. Por isso, quero parabenizar o governador pela iniciativa de formação do Comitê. Certamente, o Paraná vai ser representado com muita competência e apresentar muitos trabalhos voltados a preservar, produzir e melhorar a renda dos cidadãos", disse o Koslovski.

Oportunidade - O presidente da Ocepar destacou que a Conferência Rio+20 será uma oportunidade para que os líderes de governo e os participantes da sociedade possam desenvolver políticas e medidas visando promover a prosperidade e reduzir a pobreza, conseguir a equidade social e assegurar a proteção ambiental. Também destacou que o cooperativismo desenvolve suas atividades pautado na sustentabilidade. "Temos por princípio o crescimento econômico, aliado ao desenvolvimento social das pessoas. Quando introduzimos as questões ambientais no cooperativismo, obtemos os três pilares do desenvolvimento sustentável: o econômico, o social e o ambiental", frisou. Ainda de acordo com Koslovski, somente no ano passado, as cooperativas paranaenses investiram mais R$ 24 milhões em ações ambientais.

Atividades - "Nós capacitamos os profissionais e difundimos novas tecnologias por meio de um Fórum do Meio Ambiente. As nossas cooperativas também realizam um importante trabalho na produção de energias renováveis, transformando resíduos animais em bioenergia. Elas fazem ainda o recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos e de medicamentos veterinários. Além disso, o cooperativismo paranaense promove um amplo programa de educação ambiental que abrange colaboradores internos, os cooperados e as novas gerações. Queremos destacar ainda que na área de recursos hídricos, estamos desenvolvendo projetos para reutilização da água nas indústrias, recuperação de mata ciliar e proteção de nascentes, sendo que uma iniciativa que nasceu dentro de uma de nossas cooperativas foi transformada em projeto de Estado, devido os bons resultados obtidos no campo, com milhares de nascentes protegidas", ressaltou.

Contribuições - Para o governador Beto Richa, o Comitê Paranaense terá plenas condições de oferecer "inestimáveis contribuições" à Conferência Rio+20. "Antes de oficializar a posição do Paraná frente aos principais eixos da conferência, o grupo de trabalho aqui constituído vai promover audiências regionais nas principais cidades do estado, no formato de consulta pública, para recolher propostas e sugestões ao texto final que será encaminhado à Rio+20", ressaltou. Segundo Richa, o governo como um todo tem trabalhado na busca por conciliar as demandas do desenvolvimento econômico com as necessidades da inclusão social e da proteção ambiental. "Na próxima semana encaminharemos à Assembleia Legislativa dois projetos vinculados a essas preocupações, o primeiro deles prevê o pagamento por serviços ambientais prestados por produtores rurais que contribuam para a conservação do solo e da água. O segundo projeto institui a política estadual de mudanças climáticas, um conjunto de medidas preventivas contra desastres ambientais e questões relativas ao meio ambiente", explicou.

 Cidades  - De acordo com Richa, a luta pela conservação da biodiversidade e proteção da água, ar e solo começa nas cidades. "O campo tem uma vocação natural para proteger a natureza, ainda que precisemos tomar cuidados especiais que devem ser adequadamente dosados, como estamos vendo no caso do Código Florestal. Conforme esse conceito, que também é postulado pela cúpula da ONU, é nas cidades que vamos conter os altos índices de destruição da biodiversidade, protegendo as fontes naturais de água, reduzindo os gastos de energia, investindo em fontes energéticas alternativas, encorajando a educação ambiental e priorizando o transporte público", afirmou.

 Visão paranaense  - Na opinião do secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jonel Iurk, o Comitê formulará a visão paranaense do futuro que queremos no contexto do desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. "Nosso trabalho é promover novas regiões de desenvolvimento com a garantia da preservação ambiental e crescimento sustentável. Por isso é necessário renovar o pensamento e a cultura pública e empresarial e introduzir ações e experiências exitosas, a exemplo do pagamento por serviços ambientais, garantindo qualidade ambiental e de vida à população", disse.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR

◄ Leia outras notícias