Meio Ambiente

Projeto Biomas volta ao Pampa

Foi debaixo de muita chuva que a equipe do projeto Biomas desembarcou em Bagé, no Rio Grande do Sul. "As chuvas aqui são bem distribuídas, mas esse volume de água é atípico para esta época do ano", conta o Dr. Leandro Volk, coordenador do projeto no Pampa


Publicado em: 19/09/2012 às 15:10hs

Projeto Biomas volta ao Pampa

O município de 116 mil habitantes é sede para a reunião técnica de apresentação do projeto e planejamento das ações que serão desenvolvidas no Pampa, além da formação da rede de pesquisadores do bioma. “Essa é a apresentação da estratégia de ações para construir as temáticas de pesquisa que serão desenvolvidas no Pampa”, explica o Dr. Gustavo Curcio, coordenador nacional do projeto.

“Eu não tinha ideia do volume desse projeto. A pesquisa científica vai contribuir muito para os indicadores de qualidade ambiental. E, tendo em vista o modelo econômico implantado na região, que é a silvicultura, esse projeto é positivo em todos os sentidos: ambiental, social e econômico”, explica Felipe Amaral, ecólogo, representante da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.

Mais de 60 pessoas participaram do primeiro dia de reunião. “Uma coisa que me chamou a atenção é a multidisciplinaridade do projeto, com a participação de universidades, entidades de classe, empresas privadas e produtor rural”, afirma Valter Pötter, dono da estância Guatambu, sede do projeto no bioma.

“O primeiro impacto foi a presença maciça das instituições convidadas, isso dá força para o trabalho que estamos planejando”, complementa o chefe geral da Embrapa Pecuária Sul, Dr. Alexandre Varella.

A reunião também contou com a presença dos representantes dos biomas Pampa, Cerrado, Caatinga e Amazônia. “Essa troca de informações é crucial para que todos vejam as dificuldades e não repitam os mesmos erros”, diz o Dr. Tony Jarbas, coordenador regional do projeto no Bioma Caatinga. “Pode não parecer, mas os seis biomas tem problemas em comum. Alguns são mais estruturados e outros menos”, complementa a Dra. Rosana Maneschy, coordenadora do projeto na Amazônia.

“Eu vejo esse projeto como uma oportunidade histórica. É uma forma de abrir os olhos da sociedade. Componente arbóreo não precisa ser monocultura, pode ser, sim, um fator para diversificação da propriedade, até mesmo aqui no Pampa, onde a formação inicial é campestre”, coloca a Dra. Ana Paula Rovedder, da Universidade Federal de Santa Maria . “A agricultura pede respostas e esse projeto traz boas perspectivas”, finaliza a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos Dra. Jussara Cruz.

SOBRE O PROJETO BIOMAS

O projeto é uma parceria entre Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os estudos já estão sendo desenvolvidos em cinco dos seis biomas brasileiros.   Os pesquisadores buscam soluções para a produção sustentável de alimentos, a partir da reintrodução da árvore nas propriedades rurais do Brasil. O Projeto Biomas tem o apoio do SEBRAE, Monsanto, John Deere e Vale Fertilizantes.

Fonte: Assessoria de Comunicação Digital do Sistema CNA/SENAR

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