Publicado em: 18/04/2012 às 13:50hs
Um projeto desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater), visa a construção de 70 fossas ecológicas na zona rural de Varginha. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater Luiz Geraldo Reis, além de reduzir a contaminação dos lençóis freáticos, o projeto aumenta a qualidade da água que será consumida pelos moradores com custo bem menor se comparado a uma fossa convencional.
Segundo a Emater, o custo de uma fossa convencional é em torno de R$ 5 mil. Cerca de 10 vezes mais que o gasto com a fossa ecológica, que é de apenas R$ 500. O projeto surgiu na Alemanha e chegou ao Brasil há 10 anos.
Cerca de 112 famílias moradoras da Comunidade dos Martins estão construindo as novas fossas. O trabalho está sendo feito com os recursos dos próprios moradores e da Associação de Cafeicultores. Para construir a fossa, é preciso fazer um buraco de nove metros cúbicos. A estrutura é feita com cimento e tela de galinheiro. São utilizados ainda pneus, britas, cascalho, areia e solo para o futuro plantio.
A diferença da fossa ecológica é que nela só podem ser despejados dejetos sólidos. Já os dejetos líquidos, como a água do chuveiro, por exemplo, deve continuar sendo colocada nos antigos sumidouros - fossas que escoam água. Segundo Reis, os dois tipos de dejetos não podem ficar juntos porque pode atrapalhar o processo de fermentação dos sólidos.
"Depois que a fossa ecológica fica pronta, é preciso plantar espécies de folhas largas que consomem muita água. São essas plantas que através das raízes vão absorver os gases produzidos dentro do buraco", explica o engenheiro.
Fonte: G1 Sul de Minas
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