Meio Ambiente

Pesquisadores e estudantes brasileiros são reconhecidos no 3º Prêmio Agroambiental Monsanto

Onze projetos com potencial para tornar a agricultura mais sustentável foram premiados em evento realizado em São Paulo


Publicado em: 05/11/2012 às 09:45hs

Pesquisadores e estudantes brasileiros são reconhecidos no 3º Prêmio Agroambiental Monsanto

Com o objetivo de estimular e reconhecer esforços em prol de uma agricultura que produza mais alimentos e tenha um menor impacto sobre o meio ambiente, aconteceu na última terça-feira (30), em São Paulo, a entrega do 3º Prêmio Agroambiental Monsanto - Troféu Professor Paterniani. Na cerimônia de premiação foram condecorados onze projetos eleitos por um júri técnico, dentre 400 propostas inscritas por jovens estudantes e pesquisadores de todo o Brasil. “Com esse prêmio queremos incentivar a geração de novas ideias e pesquisas em prol do desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro, da mesma forma que trabalhamos a cada dia para desenvolver tecnologias e práticas agrícolas capazes de ampliar a produção de alimentos para atender uma população que chegará a 9 bilhões de pessoas até 2050, sem comprometer os recursos naturais do planeta”, explica Geraldo Berger, diretor de Regulamentação da Monsanto.

Os dois projetos que conquistaram o primeiro lugar nas categorias Estudante e Pesquisador, assim como o que recebeu o prêmio especial Boas Práticas para Pequenos Agricultores, têm em comum soluções simples e eficazes que podem diminuir o descarte de resíduos oriundos da produção agropecuária. Na categoria Pesquisador, o vencedor foi o projeto sobre gestão do rejeito da dessanilização da água salobra na comunidade de Bom Jesus (RN), de autoria de Nildo da Silva Dias (Doutor em Agronomia – Irrigação e Drenagem pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USP/Piracicaba), com equipe formada por Christiano Rebouças Cosme e Osvaldo Nogueira de Sousa Neto. Já na categoria Estudante, o projeto sobre embalagem flexível internamente sobreposta para reservatórios de herbicida, de autoria de Giuliano Bergamin e orientação de Emerson Martim, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conquistou o 1º lugar.

Para Nildo da Silva Dias, autor do projeto que conquistou o primeiro lugar na categoria Pesquisador, o mérito da proposta é oferecer uma alternativa para reaproveitamento da água produzida no processo de dessalinização em hortas comunitárias. “É uma satisfação muito grande participar desse prêmio e ser reconhecido por um projeto que pode contribuir com a comunidade local em sua produção rural”, avalia Dias.

Emerson Martim, orientador do projeto vencedor na categoria Estudante, elogia o foco de trabalho adotado pelo estudante. “A formação anterior em eletromecânica do Giuliano Bergamin o ajudou a propor uma solução capaz de diminuir significativamente o descarte de embalagens de agroquímicos utilizados na lavoura. Ele é extremamente inteligente e criativo. Acho que premiações como essa são importantes para incentivar que os jovens continuem desenvolvendo pesquisas”, destacou. O projeto foi desenvolvido durante o curso de Engenharia Química, na PUC-PR.

Reconhecimento ao pioneirismo


Os demais premiados na categoria Pesquisador - em segundo e terceiro lugares, respectivamente – foram o projeto Uso do glyphosate para produzir ácido chiquímico em plantas, de autoria de Marcos Barifouse Matallo (Doutor em Engenharia Agronômica pela Universidad de Cordoba, em Granada – Espanha), com equipe formada por Antonio Luiz Cerdeira, Daniel Andrade de Siqueira Franco, Diego Felipe Pereira da Silva e Sydnei Dionisio Batista de Almeida; e o projeto Mapeamento fino e expressão gênica associados à resistência da soja aos percevejos, de autoria de Milene Möller (Doutoranda em Agronomia – Genética e Melhoramento de Plantas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – USP/Piracicaba), com equipe formada por Maria Imaculada Zucchi e Michelle da Fonseca Santos.

As menções honrosas da categoria Pesquisador foram para dois projetos: um que propõe solução ao problema da provisão de nitrogênio na agricultura orgânica, de autoria de Maxwell Merçon Tezolin Barros Almeida (Doutor em Fitotecnia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Seropédica-RJ), com orientação de Helvécio De-Polli; e outro projeto sobre a redução de doses de fertilizante nitrogenado e a promoção de crescimento pelo uso de bactérias diazotróficas nas culturas de cana-de-açúcar, milho, sorgo e trigo, de autoria de William Pereira (Mestre em Agronomia – Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – Seropédica-RJ), com equipe formada por Carlos Leandro Rodrigues dos Santos, Fabricio Giori, Nivaldo Schultz e Segundo Urquiaga, com orientação de Veronica Massena Reis.

Na categoria Estudante, também receberam prêmios - segundo e terceiro lugares, respectivamente - o projeto Uso de tecnologia acessível como fomento à sustentabilidade de pequenas comunidades rurais, de autoria de Cleriston Aparecido Dantas, com equipe formada por Fernanda Bontempo Faria e Leandro Resende Mundim, orientados por Vaston Gonçalves da Costa, da Universidade Federal de Goiás; e o projeto que desenvolve um fertilizante organo-mineral à base de colágeno reciclado ("smart fertilizer") de liberação controlada para imobilização de fósforo pelo solo, de autoria de Priscila Maria Teixeira Gonçalves de Souza, com orientação de Luiz Carlos Alves de Oliveira, da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ainda na categoria Estudante, receberam menção honrosa o projeto Papel da certificação na proteção ambiental realizada pela atividade agrária, de autoria de Carolina Costa de Aguiar, com orientação de Flavia Trentini, da Universidade de São Paulo; e o projeto O emprego do "wetlands" no tratamento de efluentes oriundos do cultivo de hidropônicos, de autoria de Pâmella Costa de Morais, com orientação de Rita Cristina Cantoni Palini, do Centro Universitário Monte Serrat.

Boas práticas

Em sua terceira edição, o Prêmio Agroambiental Monsanto, criado em 2008, teve como novidade o prêmio especial Boas Práticas, dado à melhor ideia, de ambas as categorias, com potencial de aplicação imediata por pequenos agricultores. Tiveram a criatividade reconhecida os pesquisadores André Luis Teixeira Fernandes e Patrícia Diniz Martins, de Uberaba (MG), com um projeto que propõe economia de fertilizantes por meio do uso de compostagem de cama de frango saturada com água residuária de suinocultura e aditivos minerais.

“Receber esse prêmio com certeza vai ajudar a dar visibilidade e disseminar o projeto que já estamos aplicando na região do Triângulo Mineiro com bons resultados. Estamos mostrando aos produtores que eles podem aproveitar os rejeitos como adubo, tendo uma nova fonte de renda e contribuindo com o meio ambiente”, destaca André Fernandes. Para Elton Roberto Weber, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e um dos componentes da comissão julgadora dos projetos, “a proposta de aproveitamento de rejeitos pecuários como adubo é uma grande oportunidade especialmente para o Brasil que ocupa o primeiro lugar em exportação de carnes”.

Durante o evento de divulgação dos projetos finalistas e de entrega dos prêmios que incluem verba para participar de eventos internacionais (Pesquisador) e nacionais (Estudante), sobre temas relacionados às pesquisas, além de notebooks e iPads, o biólogo Marcelo Menossi, coordenador técnico da premiação, destacou o alto potencial dos projetos apresentados. “Desejamos que os vencedores levem a vontade de mudar as coisas demonstradas em seus projetos para a sociedade e transformem as iniciativas em realidade”, afirma Menossi.

Investimento social


A cerimônia de premiação foi encerrada com apresentação do Coral Pequenos Cantores da Monsanto, que desde 2001 reúne crianças de comunidades carentes de Camaçari e Dias D’Ávila (BA), região que sedia uma das fábricas de Proteção de Cultivos da Monsanto no Brasil. O grupo, regido pelo maestro Alcides Lisboa, interpretou músicas eruditas e composições populares consagradas. “Na Monsanto, assumimos o compromisso de ampliar a produção de alimentos para uma população crescente, desenvolver tecnologias e práticas agrícolas que permitam utilizar cada vez menos recursos naturais e melhor a vida das pessoas. O Prêmio Agroambiental Monsanto, assim como o Coral que mostrou aos convidados o seu trabalho, são exemplos que nos enchem de orgulho e de satisfação”, resume o diretor de Assuntos Corporativos da Monsanto, Rodrigo Almeida.

Veja os detalhes de cada um dos projetos finalistas, clique aqui.

Fonte: CDI Comunicação Corporativa

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