Meio Ambiente

Mais de 140 pessoas na abertura do 3º Seminário de Gestão Ambiental na Agropecuária

O evento, presidido pelo pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Luciano Gebler, segue na manhã e tarde de hoje, 26, quando se encerra


Publicado em: 26/04/2012 às 18:40hs

Mais de 140 pessoas na abertura do 3º Seminário de Gestão Ambiental na Agropecuária

Mais de 140 pessoas participaram, na tarde de ontem, 25, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves, da abertura do 3º Seminário de Gestão Ambiental na Agropecuária. O evento, presidido pelo pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Luciano Gebler, segue na manhã e tarde de hoje, 26, quando se encerra.

Tendo como eixo temático a gestão de resíduos, o Seminário teve sua primeira palestra proferida pelo presidente da Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera), Julio César Palhares, também pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste. Ele destacou a necessidade de se avaliar a gestão sob uma perspectiva ampla: “É preciso enxergar o problema como um todo: manejo de resíduos não é só tecnologia de tratamento destes, é conhecer todo o processo agropecuário e agroindustrial, administrando-o em cada fase”, disse. Nesse sentido, assinalou, estimativa de 2011 da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação é de que cerca de um terço da produção mundial de alimentos se perca ou desperdice, o que equivale a cerca de 1,3 bilhões de toneladas/ano.

O consultor Luiz Carlos Ferreira Lima, representando a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), abordou o problema dos resíduos de agrotóxicos em alimentos sob a ótica das empresas produtoras de defensivos e o impacto das informações a respeito de contaminação sobre o consumidor. No contexto, o que ocorre em algumas culturas agrícolas (como o pimentão, em recente caso de ampla repercussão, por conta de relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é que nem sempre há agroquímicos registrados para a cultura, de modo que o agricultor acaba usando produtos para cultivos semelhantes (como o tomate), estes sim autorizados junto às instâncias de fiscalização.

A pesquisadora Maria Cristina Diez Jerez, da Universidad de La Frontera, Chile, falou sobre a implantação, em seu país, da tecnologia dos ‘leitos biológicos’. Usados na Suécia, Bélgica, França e Itália (em um total de 3 mil instalados na Europa, de acordo com a pesquisadora), os ‘leitos’ são, sinteticamente, espaços preparados para o abastecimento de pulverizadores, com o propósito de se evitar contaminação ambiental, por resíduos dos insumos. No Chile, relatou Maria Cristina, os ‘leitos’ já são adotados por quatro grandes exportadoras de cereja, maçã e frutas vermelhas, que promovem o uso da tecnologia, junto a seus compradores, como um diferencial de produção.

Por fim, o engenheiro agrônomo Ricardo Furtado, fiscal federal agropecuário no Rio Grande do Sul, abordou o ‘case de sucesso’ representado pelo ‘Pátio de descontaminação de aeronaves agrícolas’, cujo início do processo de criação, no RS, data de 2008.

O 3º Seminário de Gestão Ambiental na Agropecuária é uma realização da Proamb, com organização por Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Sbera. O evento tem o patrocínio de Fapergs, BRDE e Andef, além de apoio do CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Fonte: Embrapa Uva e Vinho

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