Meio Ambiente

Incêndios em MT causam preocupação durante período proibitivo

Incêndio em uma rodovia de MT, nesta segunda-feira(18), deixou duas pessoas mortas e uma ferida


Publicado em: 14/08/2012 às 18:00hs

Incêndios em MT causam preocupação durante período proibitivo

Os incêndios têm causado preocupação em Mato Grosso. Somente nos treze primeiros dias foram registrados 1.736 focos. O município de Campinápolis, 565 km de Cuiabá, foi o que apresentou o maior índice, com 168 registros, seguido de Paranatinga (113 focos) e Gaúcha do Norte (100).

Um incêndio às margens da rodovia MT-010, registrado nesta segunda-feira (18), próximo de Cuiabá, causou a morte de duas pessoas e deixou uma ferida. As vítimas estavam passando pela estrada que liga Cuiabá ao Distrito de Nossa Senhora da Guia no momento em que a fumaça cobria todo o ponto da pista. Dois caminhões e uma caminhonete acabaram se envolvendo no acidente.

As chamas começaram próximo a uma fábrica de alimentos e se espalharam rapidamente até chegar na rodovia. Foram necessários 15 brigadistas para conter o fogo. De acordo com o Corpo de Bombeiros o fogo já estava alto no momento em que a equipe chegou no local.

Este não é primeiro caso de incêndio acidental que foi registrado desde o dia 15 de julho, quando iniciou o período proibitivo de queimadas em Mato Grosso. Em Sinop uma área de trinta hectares foi queimada. Em Sapezal as chamas começaram em uma fazenda e atingiu outras três, queimando 700 hectares, sendo que 200 ha eram de milho que ainda seriam colhidos. Nesta incêndio, o foram queimadas máquinas, motos e pastos. Dois animais morreram.

O secretário executivo de Combate de Gestão ao Fogo no estado, Major Ramão Corrêa Barbosa, alerta dos risco que se tem neste período devido a seca. "Devido ao perigo, espalhamos brigadas em todo o estado. Estamos ainda na fase de prevenção e orientação, depois partiremos para a repressão, que é autuação. A população deve ficar atenta".

Período Proibitivo

O período proibitivo em Mato Grosso iniciou no dia 15 de julho e segue até 15 de setembro. O objetivo da medida é diminuir os riscos provocados pelo fogo nesta época do ano, quando o forte calor e baixa umidade relativa do ar ampliam os riscos de incêndios de grandes proporções. A medida restringe ao uso do fogo na zona rural. No entanto, nas áreas urbanas estão proibidas durante o ano todo.

Quem for flagrado ateando fogo no período de proibição será multado. O valor varia de acordo com a área atingida - de R$ 1 mil por hectare nas áreas abertas a R$ 1,5 mil por hectare nas áreas de floresta, além de ser detido e responder por crime ambiental. De acordo com a Lei Federal nº 9.605, de 12 fevereiro de 1998, em caso de detenção elas podem chegar a quatro anos.

Registros


Do dia 15 de julho, que inicia o período mais crítico, até domingo o país contabilizou mais de 24 mil focos de calor e incêndio, conforme o Inpe. Maranhão e Mato Grosso ficaram nas primeiras colocações, com 6,2 mil e 2,9 mil focos de calor e incêndio, respectivamente.

No Centro-Oeste o estado de Mato Grosso do Sul aparece na segunda colocação com 1.508 focos, ficando em sexto lugar a nível nacional. O primeiro lugar é de Mato Grosso. Goiás aparece na lista com o terceiro menor índice de queimadas da região, com 784 mil focos, compondo a 16ª colocação nacional. O último colocado da lista do Centro-Oeste está o Distrito Federal, com 55 registros de focos.

Fonte: Agrodebate

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