Meio Ambiente

Governança ambiental é responsável pelo menor índice de desflorestamento já registrado

Desmatamento na Amazônia Legal caiu 83% desde 2004


Publicado em: 10/12/2012 às 11:40hs

Governança ambiental é responsável pelo menor índice de desflorestamento já registrado

O governo federal anunciou que a Amazônia Legal teve o menor índice de desmatamento da história do bioma. Segundo o INPE, o bioma teve 4.656 km² de desflorestamento entre agosto de 2011 e julho de 2012. Os 4.656 km² desmatados correspondem a uma redução de 22.767 km² (83% de queda) em relação a 2004 (27.423 km²), momento de pico no desflorestamento do bioma.

Estas medições são realizadas desde 1988, e os números atuais foram muito comemorados pelo Ministério do Meio Ambiente. O Brasil é o país que conseguiu obter os melhores resultados na redução de emissões de gases de efeito estufa e o que mais está trabalhando para reduzir o aquecimento global, segundo o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner.

Responsável por esse resultado positivo é a melhoria da governança ambiental brasileira, ou seja, esforços do governo federal e da iniciativa privada no sentido de inibir a conversão de floresta nativa em atividades agropecuárias.

Este declínio se deve à adoção de um conjunto amplo de medidas de combate ao desmatamento ilegal no país. Entre elas, citam-se a Moratória da Soja, o Zoneamento Ecológico-Econômico dos estados, a lista de áreas embargadas do IBAMA, a fiscalização integrada com a Polícia Federal e as Forças Armadas e o uso de imagens de satélite para o monitoramento de desmatamentos e incêndios florestais.

A Moratória da Soja é um pacto firmado em 2006, e vigente até janeiro de 2014, entre o setor privado e a sociedade civil com a participação do MMA e INPE, cujo objetivo é restringir a compra e financiamento de soja procedente de áreas desflorestadas do bioma Amazônia.

O desmatamento despencou desde 2004 na Amazônia Legal, e o país ainda detém 62% de áreas cobertas por vegetação nativa. Ao todo, são 5,2 milhões de km² de florestas. Essa área preservada equivale a 15 vezes o território da Alemanha ou a 125 Holandas.

O anúncio do índice recorde de desmatamento foi utilizado pelo governo brasileiro nas negociações do clima, para pedir mais ambição aos países desenvolvidos em seus esforços de redução dos gases de efeito estufa. Com esta redução do desmatamento, o Brasil se aproxima da meta voluntária acordada em 2009, em Copenhague, de chegar a 2020 com uma taxa de desmatamento de 3.907 km² (80% menos do que a taxa média de desmatamento entre 1996 e 2005). Se, em 2013, o índice de desmatamento cair 749 km², estaremos cumprindo a meta acordada com sete anos de antecedência.

Noruega reconhece esforço - A redução do desmatamento no Brasil chama a atenção de parceiros estrangeiros do país, como a Noruega. O ministro norueguês do Meio Ambiente, Bard Vegar Solhjell, anunciou na quinta-feira, 6 de dezembro, que o seu país irá contribuir com outros US$ 180 milhões para o Fundo Amazônia. A doação corresponde aos resultados na diminuição do desmatamento no Brasil em 2011. “A redução no desmatamento do Brasil representa uma gigante contribuição à comunidade global em termos de redução nas emissões de gases-estufa”, disse Solhjell. A contribuição total norueguesa para o Fundo Amazônia soma US$ 670 milhões.

O crescimento agrícola brasileiro não depende da abertura de novas áreas com cobertura florestal, pois existem ainda 80 milhões de hectares de áreas já abertas e subutilizadas. Crescer sem desflorestar é uma grande vantagem brasileira. O Brasil está demonstrando que é possível conciliar a produção de alimentos com a conservação de recursos naturais.

Fonte: Assessoria de Comunicação da ABIOVE

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