Meio Ambiente

Evento procura soluções ambientais para a bacia do Japaratuba

Definir estratégias de manejo para a bacia do rio Japaratuba. Esse é o objetivo do Workshop promovido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, nesta quarta-feira (18 de abril) na Câmara dos Dirigentes Lojistas do município de Nossa Senhora das Dores (SE)


Publicado em: 19/04/2012 às 12:30hs

Evento procura soluções ambientais para a bacia do Japaratuba

Sob a coordenação do pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Julio Roberto Araujo Amorim, o Workshop pretende procurar soluções para problemas gerados pelos usos da água e do solo na exploração mineral como petróleo, gás e potássio, além de abastecimento humano e irrigação. “O objetivo do evento é elaborar um planejamento estratégico para a gestão ambiental integrada da bacia” disse o pesquisador Julio Amorim.

O workshop faz parte das atividades do Projeto Japaratuba, coordenado pelo pesquisador Marcus Cruz, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, que visa avaliar e quantificar os impactos ambientais na bacia decorrentes das alterações de uso do solo e gerar cenários de redução desses impactos.

“Somente a aplicação das ferramentas científicas não é suficiente para atingir os objetivos do projeto. É indispensável a participação da sociedade que mora na bacia e conhece seus problemas e pode construir em conjunto soluções eficientes e ambientalmente corretas”, disse Marcus Cruz. 

A bacia do rio Japaratuba enfrenta problemas ambientais que comprometem o abastecimento humano dentre eles o chorume produzido pelos lixões, efluentes oriundos de esgotos domésticos, de matadouros e de usinas de açúcar (vinhaça) como também o assoreamento dos leitos dos rios pela ocupação desordenada do solo, decorrente da expansão urbana compreendendo também o número crescente de balneários próximos às nascentes e margens do rio e seus afluentes.

“A água, sendo um recurso indispensável à vida dos seres vivos, necessita de um gerenciamento racional e equilibrado para que não venha a “faltar” futuramente, pois em decorrência do aumento considerável das atividades humanas, este recurso passa a ser matéria-prima de incontáveis produtos, sendo motivo de brigas e conflitos, no entanto, o seu uso em demasia vem provocando inúmeras perdas ambientais”, relata a Carta de Capela, elaborada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba cuja presidente, Rosa Cecília Lima Santos, denuncia os lixões, esgotos e ocupação desordenada que contamina a bacia.

De acordo com Ailton Francisco da Rocha, da Superintendência de Recursos Hídricos do governo de Sergipe, o programa de preservação de nascentes está investindo cerca de R$ 3 milhões na recuperação das nascentes do rio Siriri com o apoio da Sociedade Semear e a Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O superintendente acrescenta também que, além das estações de monitoramento de tempo e clima ao longo das bacias, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) criou a unidade de conservação Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco, no município de Capela, com várias nascentes preservadas, que abriga uma grande biodiversidade de plantas e animais como o macaco Guigó que só existe nessa reserva.

Fonte: Embrapa Tabuleiros Costeiros

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