Publicado em: 17/01/2012 às 12:20hs
Esta é a opinião do líder do Grupo Verde do Parlamento da Suécia, deputado Mehmet Kaplan, que participou, na última semana, de encontro entre parlamentares suecos e brasileiros, no Senado.
Na opinião do deputado, o fato de a conferência coincidir com a dura campanha pela presidência dos Estados Unidos deverá levar a maior potência mundial a empenhar-se menos do que poderia na busca de um entendimento político sobre o futuro do planeta. Com isso, o maior papel da conferência, a seu ver, caberá aos países considerados emergentes, como os que integram o grupo dos Brics.
“Os países do Brics devem tomar a frente nas negociações. Os Estados Unidos estarão focados nas eleições. E, quando acompanhamos o que dizem os pré-candidatos nas prévias republicanas, temos ouvido coisas horríveis. Dessa forma, os países do Brics terão maiores responsabilidades, uma vez que os Estados Unidos não estarão na liderança”, afirmou Kaplan, do Partido Verde sueco.
Falando especificamente sobre o Brasil, o deputado sueco previu que, se o governo brasileiro assumir a sua parte na condução da conferência, que ocorre vinte anos depois da Rio 92, obterá o respeito de todos os outros países do planeta. E contará com o apoio da Suécia, como ressaltou.
Ainda Segundo Kaplan, os países ricos devem ser mais flexíveis nas negociações que precedem a Rio+20 e não ficar esperando maiores concessões dos países em desenvolvimento. Ele alertou, porém, que o Brasil já é considerado como um país relativamente rico, uma vez que dispõe da sexta maior economia do mundo.
“Não é mais possível esconder isso, como já se tentou fazer no passado. Quando se tem a sexta maior economia do mundo e a possibilidade de crescer ainda mais, o país precisa também colocar em prática uma visão de sociedade sustentável”, disse Kaplan.
Fonte: Portogente
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