Publicado em: 04/05/2012 às 14:20hs
Segundo diplomatas do G77, o bloco que inclui 130 países pobres e emergentes, o texto, chamado “O Futuro que Queremos”, está longe de ter sido reduzido a um tamanho que possa ser formalmente negociado no Rio, em junho. E as principais polêmicas permanecem.
Uma delas é a chamada reforma nas instituições da ONU para que o desenvolvimento sustentável possa ser tratado como um tema específico e o fortalecimento do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). O chamado “Rascunho Um” do “Futuro que Queremos” ainda não formulou uma proposta, apesar de o México ter tentado resolver o impasse nesta quarta-feira.
Outra questão pendente é o formato dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que o Brasil enxerga como o principal resultado palpável da Rio +20. Os ODS foram derrubados da versão do texto em discussão em Nova York. “Temos confiança de que vão entrar adequadamente”, disse à Folha o embaixador Luiz Figueiredo, chefe da delegação brasileira. “O nível de detalhamento dependerá da negociação.”
Figueiredo tem se reunido com vários países pedindo mais uma semana para negociar o texto. A UE já deu sinais de que poderia apoiar a proposta, desde que as discussões sejam “objetivas”.
Nas últimas duas semanas em Nova York o que se tem visto é uma espécie de edição coletiva de texto, na qual uma proposta de texto é projetada num telão e dezenas de países dão sugestões de mudança. A reportagem da Folha acompanhou na manhã desta quinta-feira um debate de 40 minutos sobre a formulação de um único parágrafo.
Fonte: Folha.com
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