Publicado em: 18/01/2012 às 11:20hs
A biodiversidade de espécies de vegetais está entre os mecanismos que podem proteger áreas suscetíveis a desertificação. A constatação é do estudo publicado na revista Science que pesquisou o problema em 14 países em cinco continentes do planeta.
Neste contexto, o estudo demonstra que quanto maior o número de espécies vegetais de um ecossistema, mais funções ecológicas são desenvolvidas na região, protegendo o solo, beneficiando o fornecimento de água e alimentos, assim como a decomposição de dejetos.
No Espírito Santo, a descoberta deve contribuir para a rodada de consultas públicas iniciadas em novembro de 2011 para discutir o Programa de Ação Estadual de Prevenção e Combate à Desertificação no Espírito Santo. O objetivo das consultas é realizar debate nos municípios inseridos nas áreas de risco de desertificação e definir quais serão os mecanismos utilizados para reverter a situação e promover o desenvolvimento social, ambiental e econômico destas regiões.
A informação é que as características dos 24 municípios do Espírito Santo suscetíveis à desertificação (ASDs) estão ligadas diretamente à degradação e, portanto, a intenção é fomentar este debate em cada região com o objetivo de estabelecer a prosperidade social, econômica e ambiental destes municípios.
No Estado estão entre os municípios suscetíveis a desertificação: Ponto Belo, Ecoporanga, Mucurici, Pedro Canário, Montanha, Pinheiros, Colatina, Nova Venécia e Boa Esperança, que já participaram das consultas públicas e Mantenópolis, Baixo Guandu, Marilândia, Pancas, Alto Rio Novo, Governador Lindenberg, Rio Bananal, São Domingos do Norte, Vila Valério, Sooretama, Vila Pavão, Barra de São Francisco, Águia Branca, São Gabriel da Palha e Água Doce do Norte, que deverão discutir o problema ainda este ano.
A informação do Iema é que as propostas apresentadas durante as consultas públicas serão avaliadas na oficina, em 2012, baseando-se em quatro eixos prioritários: ampliação da capacidade produtiva sustentável das regiões e a preservação e conservação dos recursos naturais; redução da pobreza e redução da desigualdade social.
A realização dos debates é de responsabilidade do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e do Grupo de Trabalho Interinstitucional de Combate à Desertificação (GTI-CD/ES).
A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (CCD) define a desertificação como um processo que culmina com a degradação das terras (solo, recursos hídricos, vegetação e biodiversidade) em zonas áridas, semi-áridas e subúmidas secas em função de diversos fatores. Em destaque, as variações do clima e as atividades humanas. Como resultado, há redução da qualidade de vida das populações afetadas, por exemplo, pela pobreza e a falta de alimento aliados às enchentes e secas.
Fonte: Século Diário
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