Publicado em: 21/07/2015 às 18:50hs
Uma das novas tecnologias destacadas para ajudar a atividade a aumentar a rentabilidade sem representar elevação dos custos operacionais é o uso da palha da cana para a cogeração de energia elétrica. O tema foi abordado pelo Dr. João Luis Nunes Carvalho, pesquisador da CTBE. Para Carvalo, apostar na cogeração é fundamental para que as usinas comecem o processo de recuperação: “Se pegarmos as empresas que cogeram energia e as que não cogeram, nós conseguimos definir quem está pagando as contas em dia e quem não está”, afirmou.
O pesquisador do CTBE ressaltou que tem havido maior preocupação econômica na exploração da palha pela indústria. Mas ele lembrou que deve haver ponderação. Ao retirar toda a palha da cana-de-açúcar do solo, há grande possibilidade de perdas na produtividade das próximas safras. “É preciso fazer análise técnica, econômica e ambiental para esse subproduto voltar como recursos para o gestor desse negócio”, lembrou.
Carvalho também frisou que é importante observar as características de cada região para, então, verificar se a palha deve ou não ser retirada e em que quantidade. “A palha é um recurso que devemos usar com sabedoria e a favor do agronegócio”, finalizou.
No mesmo painel sobre novas tecnologias, o engenheiro agrônomo Luiz Paiva falou sobre o uso de vinhaça concentrada na adubação da cana-de-açúcar. Segundo ele, a utilização da técnica é de grande importância para contribuir para o aumento da produtividade. Além de proporcionar mais eficiência logística e de transporte, é possível usar o potássio de forma mais racional e há ainda a possibilidade de reciclar o potássio em 100% da área colhida. “Assim como no caso da palha, a vinhaça concentrada é um grande benefício que o setor pode colher”. Para Paiva, fazer uso da vinhaça concentrada é uma saída para que as empresas gerarem dinheiro novo.
Fonte: Texto Assessoria
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