Setor Sucroalcooleiro

Queda no açúcar reflete impacto das monções na Índia e do clima seco no Brasil

Condições climáticas afetam preços nas bolsas internacionais e pressionam mercado de açúcar e etanol


Publicado em: 13/08/2024 às 11:10hs

Queda no açúcar reflete impacto das monções na Índia e do clima seco no Brasil

Os contratos futuros de açúcar registraram queda nesta segunda-feira (12) nas bolsas internacionais, fortemente influenciados pelas chuvas de monções na Índia e pelas condições climáticas adversas no Brasil.

O Departamento Meteorológico da Índia informou que, até 11 de agosto, o país registrou 579,7 mm de chuva durante a temporada de monções, um volume 7% superior à média histórica de 481,9 mm. As monções, que ocorrem de junho a setembro, desempenham um papel crucial na produção agrícola indiana. Já no Brasil, a seca severa ameaça comprometer a produtividade da próxima safra de cana-de-açúcar.

Na última sexta-feira, o mercado de açúcar atingiu seu pico semanal após o anúncio do Ministério da Alimentação e Comércio da Índia de que manteria as restrições às exportações para garantir o abastecimento interno e estimular a produção de etanol.

Bolsas internacionais

Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto apresentou variações mistas. O contrato com vencimento em outubro de 2024 recuou 19 pontos, fechando a 18,29 centavos de dólar por libra-peso. Em contrapartida, o contrato para julho de 2026 teve um leve aumento de 2 pontos, encerrando o dia a 17,15 centavos de dólar por libra-peso.

Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também registrou queda. O contrato de outubro de 2024 teve uma redução de US$ 6,60, fechando a US$ 519,40 por tonelada, enquanto o contrato para dezembro de 2024 caiu US$ 4,20, encerrando a US$ 514,10 por tonelada.

Açúcar cristal

O açúcar cristal, medido pelo Cepea/Esalq, apresentou uma leve queda nas usinas, com a saca de 50 quilos sendo negociada a R$ 130,22, refletindo uma redução de 0,41%.

Etanol hidratado

No mercado de etanol hidratado, o indicador diário de Paulínia registrou um aumento, alcançando R$ 2.725,00 por metro cúbico, representando um crescimento de 0,41%.

Fonte: Portal do Agronegócio

◄ Leia outras notícias