Setor Sucroalcooleiro

Produção de açúcar em risco no Brasil impulsiona alta nos contratos futuros

Preocupações com seca e incêndios impactam projeções de safra e elevam preços internacionais


Publicado em: 25/09/2024 às 11:00hs

Produção de açúcar em risco no Brasil impulsiona alta nos contratos futuros

Os contratos futuros do açúcar encerraram a terça-feira (24) em alta nas principais bolsas internacionais, impulsionados pelas incertezas em torno da safra brasileira. Analistas consultados pela Reuters destacaram que as previsões para a produção de açúcar no Brasil foram revisadas para baixo tanto para este ano quanto para o próximo, em função da seca prolongada e dos incêndios que afetam o setor.

Uma pesquisa realizada pela S&P Global Commodity Insights indicou que a produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil deve ter recuado 1,3% na primeira quinzena de setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. A União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica) deve divulgar os dados oficiais nos próximos dias.

Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o açúcar bruto registrou alta significativa. O contrato para outubro de 2024 foi fechado a 23,12 centavos de dólar por libra-peso, uma valorização de 57 pontos, ou 2,5%, em relação ao pregão anterior. Durante a sessão, o lote chegou a atingir a máxima de sete meses, cotado a 23,30 cts/lb.

Em Londres, o açúcar branco também apresentou valorização na ICE Futures Europe. O lote para dezembro de 2024 foi negociado a US$ 595,40 por tonelada, um aumento de 1,9% em comparação ao dia anterior.

Mercado doméstico

No mercado interno, o cenário foi oposto. As cotações do açúcar cristal, medido pelo Indicador Cepea/Esalq da USP, registraram queda. As usinas comercializaram a saca de 50 quilos a R$ 143,56, uma desvalorização de 0,51% em relação aos R$ 144,30 praticados na segunda-feira.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado manteve sua trajetória de alta pelo sétimo dia consecutivo, de acordo com o Indicador Diário Paulínia. Na terça-feira, o biocombustível foi negociado a R$ 2.624,50 por metro cúbico, uma valorização de 0,50% frente ao valor de R$ 2.611,50 registrado no dia anterior. No entanto, no acumulado de setembro, o indicador apresenta uma depreciação de 2,58%.

Fonte: Portal do Agronegócio

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