Publicado em: 19/11/2024 às 10:50hs
Os contratos futuros de açúcar começaram a semana em alta expressiva nas principais bolsas internacionais, impulsionados pelas perspectivas de antecipação do fim da safra em diversas usinas do Centro-Sul do Brasil. O país, maior produtor e exportador mundial de açúcar, enfrenta dificuldades na colheita de cana devido às fortes chuvas recentes.
De acordo com analistas da Barchart, os preços atingiram nesta segunda-feira (18) as máximas de uma semana. A alta é atribuída às expectativas de novos fechamentos sazonais de usinas no Brasil, o que reduziria a produção. A Wilmar International projeta que o número de usinas paralisadas, atualmente em 38, pode mais que triplicar até o fim do mês, impactando significativamente a oferta nacional de açúcar.
"As usinas brasileiras tradicionalmente encerram suas operações nos meses chuvosos de dezembro e janeiro, com retomada prevista para março, dependendo das condições climáticas. No entanto, as precipitações intensas deste mês anteciparam os fechamentos", explicaram os analistas.
Na ICE Futures de Nova York, todos os contratos do açúcar bruto registraram valorização. O lote com vencimento em março de 2025 fechou cotado a 22,20 centavos de dólar por libra-peso, uma alta de 62 pontos em relação à sessão anterior. O contrato para maio/25 subiu 55 pontos, sendo negociado a 20,65 cts/lb, enquanto os demais contratos registraram aumentos entre 7 e 48 pontos.
Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também apresentou alta generalizada. O contrato de março/25 foi comercializado a US$ 573,50 por tonelada, valorização de US$ 18,50 frente ao fechamento de sexta-feira. Já o contrato de maio/25 subiu US$ 16,10, alcançando US$ 566,90 por tonelada. Os demais lotes tiveram variações positivas entre US$ 7,70 e US$ 13,40.
No Brasil, o Indicador Cepea/Esalq registrou aumento nas cotações do açúcar cristal. A saca de 50 quilos foi negociada nesta segunda-feira a R$ 168,16, alta de 0,26% em comparação aos R$ 167,72 registrados na quinta-feira anterior.
Em contrapartida, o etanol hidratado encerrou o dia em queda pelo Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado a R$ 2.746,50 por metro cúbico, desvalorização de 0,16% frente aos R$ 2.751,00 da última quinta-feira. Essa foi a segunda sessão consecutiva de baixa para o etanol.
Com as condições climáticas adversas pressionando o setor sucroenergético brasileiro, o mercado segue atento aos desdobramentos que podem impactar ainda mais os preços nas próximas semanas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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