Os mercados futuros do açúcar registraram queda nesta terça-feira (20), refletindo uma revisão nas estimativas de déficit global da commodity, divulgada pela Organização Internacional do Açúcar (OIA). De acordo com os novos dados da OIA, o déficit global de açúcar para a safra 2024/25 foi ajustado para 2,51 milhões de toneladas, uma redução significativa em relação à previsão anterior de 3,58 milhões de toneladas. Além disso, a OIA apontou que a temporada 2023/24, que inicialmente indicava um déficit de 200.000 toneladas, agora apresenta um superávit de 1,31 milhão de toneladas.

A revisão para baixo na previsão do déficit foi impulsionada por uma redução no consumo global de açúcar, que foi ajustado para 181,58 milhões de toneladas na safra 2024/25, ante 182,87 milhões projetados anteriormente. Para a safra 2023/24, a estimativa também foi revisada para baixo, de 181,46 milhões para 180,05 milhões de toneladas.

Esse ajuste na estimativa de consumo gerou reflexos nos mercados internacionais. Em Nova York, a bolsa de futuros do açúcar fechou com todos os contratos em queda. O açúcar bruto para o vencimento de março de 2025 foi negociado a 21,65 centavos de dólar por libra-peso, uma desvalorização de 37 pontos em relação ao dia anterior. Já o contrato de maio/25 caiu 33 pontos, sendo negociado a 20,21 centavos por libra-peso. Outros contratos também apresentaram recuos de 5 a 27 pontos.

Em Londres, na ICE Futures Europe, os preços do açúcar branco também acompanharam a tendência de queda. O contrato para março/25 foi cotado a US$ 559,30 por tonelada, recuando US$ 9,40 em comparação à sessão anterior. Já o contrato para maio/25 teve uma queda de US$ 8,60, sendo negociado a US$ 555,00 por tonelada.

No mercado interno, as cotações do açúcar cristal registraram leve queda. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 167,83, uma desvalorização de 0,20% em relação ao dia anterior, conforme o Indicador Cepea/Esalq. No entanto, devido ao feriado nacional do Dia da Consciência Negra, o indicador não operou nesta quarta-feira.

No segmento de etanol hidratado, as cotações também apresentaram desvalorização pelo terceiro dia consecutivo. O preço do biocombustível foi negociado a R$ 2.742,50 por metro cúbico, uma queda de 0,15% em comparação com o valor de R$ 2.746,50 registrado no dia anterior.