As exportações de açúcar do Brasil recuaram 35% em janeiro, em comparação com o mesmo período de 2024. De acordo com levantamento divulgado pela Reuters, o país, maior produtor e exportador global da commodity, embarcou 2,06 milhões de toneladas no primeiro mês do ano. Analistas apontam que a redução está atrelada aos estoques limitados durante a entressafra do Centro-Sul.

Na sexta-feira (7), os preços do açúcar apresentaram nova desvalorização, tanto no mercado interno quanto no externo. O contrato para março/25 do açúcar bruto, negociado na ICE Futures de Nova York, foi cotado a 19,36 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 21 pontos em relação ao preço do dia anterior. Apesar da retração, o saldo da semana permaneceu estável.

O contrato para maio/25 na mesma bolsa também encerrou a sexta-feira em baixa, caindo 20 pontos e sendo negociado a 17,86 centavos de dólar por libra-peso. Os demais vencimentos registraram desvalorizações entre 2 e 19 pontos, em uma sessão de liquidez reduzida, impactada pela ausência de participantes que viajaram para a conferência anual do setor, realizada em Dubai nesta semana.

Mercado europeu

Em Londres, na ICE Futures Europe, as cotações do açúcar branco também apresentaram recuo em todos os contratos. O lote para março/25 foi negociado a US$ 517,70 por tonelada, uma desvalorização de US$ 4,70 em relação ao dia anterior. Já o contrato para maio/25 caiu US$ 5,60, sendo vendido a US$ 502,50 por tonelada. Os demais vencimentos recuaram entre US$ 1,80 e US$ 5,30.

Mercado interno

No Brasil, o açúcar cristal também seguiu em queda. Na sexta-feira, o Indicador Cepea/Esalq, da USP, apontou que o produto foi comercializado a R$ 146,71 por saca de 50 quilos, ante R$ 149,23 na véspera, refletindo uma desvalorização de 1,69% no período.