Setor Sucroalcooleiro

Açúcar sobe e atinge máxima de 20 dias com preocupações sobre safra na Índia e clima no Brasil

Preços futuros registram forte alta em Nova York e Londres; mercado interno segue em queda


Publicado em: 19/03/2025 às 10:40hs

Açúcar sobe e atinge máxima de 20 dias com preocupações sobre safra na Índia e clima no Brasil

Os contratos futuros do açúcar encerraram a terça-feira (18) com expressiva valorização, impulsionados por novas projeções de quebra na safra indiana – segundo maior produtor global da commodity – e pelo clima seco no Brasil, que pode comprometer os canaviais a serem colhidos a partir de 1º de abril.

Na ICE Futures de Nova York, o vencimento para maio/25 atingiu a maior cotação em duas semanas e meia, encerrando o pregão com alta de 78 pontos, cotado a 19,97 centavos de dólar por libra-peso. Durante a sessão, o contrato chegou a alcançar 20,09 cts/lb. Já o contrato julho/25 foi negociado a 19,57 cts/lb, com valorização de 64 pontos. Os demais vencimentos subiram entre 16 e 55 pontos.

De acordo com analistas consultados pela Reuters, a valorização do real frente ao dólar – alcançando o maior patamar desde o início de novembro – também influenciou os preços, uma vez que a alta da moeda brasileira tende a reduzir as vendas das usinas na ICE.

Açúcar branco também avança em Londres

Na ICE Futures Europe, o açúcar branco seguiu a tendência de alta. O contrato para maio/25 avançou US$ 23,30 em relação ao dia anterior, sendo negociado a US$ 564,80 por tonelada. O vencimento agosto/25 subiu US$ 19,70, fechando a US$ 546,80 por tonelada. Os demais contratos tiveram acréscimos entre US$ 4,40 e US$ 16,10.

Mercado interno em queda

No Brasil, o mercado físico registrou recuo nos preços do açúcar cristal, conforme o Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 138,25 na terça-feira, contra R$ 139,87 no dia anterior, representando uma queda de 1,16%.

Etanol mantém tendência de desvalorização

Pelo quinto dia consecutivo, o etanol hidratado fechou em baixa no Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado a R$ 2.871,00 por metro cúbico, ante R$ 2.876,50 na segunda-feira, o que representa uma desvalorização de 0,19%.

Fonte: Portal do Agronegócio

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