Os contratos futuros de açúcar encerraram a quinta-feira (21) em queda nas principais bolsas internacionais. O recuo foi impulsionado por dados que apontam uma diminuição no consumo mundial da commodity, além de previsões otimistas para a safra da Tailândia, terceiro maior produtor global.

De acordo com analistas da Barchart, “as expectativas de aumento na produção de açúcar na Tailândia são desfavoráveis para os preços”. Em 29 de outubro, o Escritório do Conselho de Cana e Açúcar da Tailândia estimou que a produção do país na safra 2024/25 deve alcançar 10,35 milhões de toneladas métricas (MMT), um crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Na temporada 2023/24, encerrada em abril, a Tailândia produziu 8,77 milhões de toneladas de açúcar, consolidando-se como o segundo maior exportador mundial.

Desempenho em Nova York

Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto para o contrato de março/25 fechou a 21,38 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 27 pontos em relação ao dia anterior. O contrato para maio/25 recuou 23 pontos, sendo negociado a 19,98 cts/lb. Os demais contratos apresentaram desvalorizações entre 9 e 20 pontos.

Queda também em Londres

Na ICE Futures Europe, em Londres, os preços do açúcar branco também recuaram. O vencimento para março/25 foi negociado a US$ 553,80 por tonelada, uma queda de US$ 5,50 em comparação ao fechamento anterior. Já o contrato de maio/25 caiu US$ 6,20, sendo cotado a US$ 548,80 por tonelada. Os demais contratos registraram baixas entre US$ 4,20 e US$ 5,30.

Mercado doméstico

No Brasil, ao contrário do cenário internacional, o mercado interno registrou alta nas cotações do açúcar cristal. Segundo o Indicador Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos foi negociada ontem a R$ 167,97, representando uma valorização de 0,08% em relação ao preço de R$ 167,83 registrado na quarta-feira.

Etanol hidratado segue em queda

Pelo quarto dia consecutivo, as cotações do etanol hidratado apresentaram desvalorização, conforme o Indicador Diário Paulínia. Na quinta-feira, o biocombustível foi negociado a R$ 2.734,00 por metro cúbico, uma queda de 0,31% em relação aos R$ 2.742,50 do dia anterior.