Publicado em: 28/01/2025 às 10:53hs
Os contratos futuros do açúcar começaram a semana em alta nas bolsas internacionais nesta segunda-feira (27). Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), o açúcar bruto registrou alta de 0,79%, alcançando o maior patamar em duas semanas e meia. Já em Londres (ICE Futures Europe), o açúcar branco apresentou valorização de 1,77%. Analistas da Barchart apontaram que a desvalorização do dólar, que atingiu a mínima de cinco semanas, estimulou a cobertura de posições vendidas no mercado de açúcar.
Na Bolsa de Nova York, o contrato para março/2025 foi negociado a 19,17 centavos de dólar por libra-peso, alta de 15 pontos em relação ao fechamento de sexta-feira. Já o contrato para maio/2025 subiu 12 pontos, sendo negociado a 17,74 centavos de dólar por libra-peso. Os demais vencimentos registraram elevações entre 5 e 12 pontos.
Na Bolsa de Londres, o contrato para março/2025 encerrou o dia cotado a US$ 507,00 por tonelada, com um avanço de US$ 8,80 na comparação com a sessão anterior. O contrato para maio/2025 subiu US$ 6,30, fechando a US$ 497,80 por tonelada. Os demais vencimentos também registraram altas entre US$ 2,20 e US$ 4,90.
De acordo com a Barchart, a valorização do açúcar foi sustentada pelos sinais de redução na produção da Índia, o segundo maior produtor mundial. Segundo a Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia (ISMA), a produção no país caiu 15,5% entre 1º de outubro e 31 de dezembro de 2024, totalizando 9,54 milhões de toneladas. A ISMA também prevê que a safra 2024/2025 atinja 27,6 milhões de toneladas, o menor nível em cinco anos, representando uma queda de 13,8% em relação ao ciclo anterior.
No Brasil, o clima adverso também impactou a produção. Secas e altas temperaturas em 2024 provocaram incêndios em canaviais de São Paulo, maior estado produtor de açúcar. A Orplana estima que até 2.000 focos de incêndio afetaram aproximadamente 80.000 hectares de plantações.
No mercado brasileiro, o preço do açúcar cristal apresentou queda nesta segunda-feira, segundo o Indicador Cepea/Esalq da USP. O valor da saca de 50 quilos recuou 1,88%, sendo negociada a R$ 150,72, frente aos R$ 153,60 registrados na sexta-feira. No acumulado do mês, o indicador registra uma queda de 6,54%.
No mercado de etanol hidratado, após dois dias consecutivos de alta, os preços voltaram a cair. De acordo com o Indicador Diário Paulínia, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.907,00 por metro cúbico nesta segunda-feira, representando uma desvalorização de 0,70% em comparação aos R$ 2.927,50 do dia anterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
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