Publicado em: 07/02/2025 às 13:00hs
O controle das verminoses no periparto desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde e produtividade das vacas leiteiras, sendo um desafio constante para a pecuária. As infecções causadas por vermes gastrointestinais, especialmente os nematoides, comprometem o desempenho dos animais, mesmo quando não apresentam sinais clínicos evidentes. Embora casos graves possam gerar sintomas como anemia, diarreia, perda de apetite e de peso, em vacas adultas a manifestação tende a ser subclínica. Ainda assim, os prejuízos são expressivos, resultando em menor aproveitamento nutricional e queda na eficiência alimentar, fatores que impactam diretamente a produção leiteira.
Durante o periparto – período compreendido entre seis a oito semanas antes e após o parto –, o impacto das verminoses é ainda mais crítico devido à imunossupressão natural das fêmeas. Essa condição favorece a intensificação dos efeitos negativos das infecções, reduzindo a ingestão alimentar e agravando o Balanço Energético Negativo (BEN), que já é comum nessa fase. Como consequência, há comprometimento da produção de colostro e leite na lactação subsequente, além de possíveis impactos na eficiência reprodutiva das vacas. Esse cenário não apenas afeta a saúde dos animais, mas também compromete a sustentabilidade econômica das propriedades leiteiras, ao elevar os custos com tratamentos e reduzir a produtividade.
No manejo das verminoses durante o periparto, a eprinomectina, princípio ativo do Eprecis® da Ceva, tem se destacado como uma solução eficiente no controle dos principais parasitas gastrointestinais. Esse endectocida atua não apenas na eliminação dos vermes, mas também no combate a parasitas externos, como carrapatos, mosca-do-chifre e berne. Além disso, é o único produto autorizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) para o tratamento da estefanofilariose, conhecida como úlcera do úbere, problema recorrente em vacas em lactação.
Uma das vantagens do Eprecis® é a carência zero para o leite, permitindo seu uso sem a necessidade de descarte da produção. Para o abate dos animais tratados, o período de carência é de apenas 12 dias, conferindo segurança ao produtor e ao consumidor.
Pesquisas realizadas em fazendas leiteiras do Sul de Minas Gerais reforçam a eficácia do Eprecis® no periparto. No estudo, foram acompanhadas 192 vacas prenhes, divididas em dois grupos: um recebeu o antiparasitário, enquanto o outro foi tratado apenas com placebo (veículo sem princípio ativo). A administração do produto ocorreu entre sete dias antes e sete dias após o parto, período crítico para a imunidade dos animais.
Os animais foram monitorados desde oito semanas antes do parto até a sétima semana pós-parto, com avaliações semanais da carga parasitária por meio da contagem de OPGF (Ovos de Vermes por Grama de Fezes). Paralelamente, a produção de leite individual foi medida semanalmente ao longo das sete primeiras semanas da lactação.
Os resultados indicaram redução significativa da carga parasitária nas vacas tratadas com Eprecis®, além de um aumento expressivo na produção leiteira. As vacas tratadas produziram, em média, 1,2 kg de leite a mais por dia até a sétima semana pós-parto, evidenciando o impacto positivo do controle eficaz da verminose subclínica.
Os achados da pesquisa reforçam a importância do controle estratégico das verminoses na pecuária leiteira. A adoção de antiparasitários modernos, nutrição balanceada e monitoramento contínuo da carga parasitária são medidas fundamentais para minimizar os prejuízos causados por infecções gastrointestinais.
Ao implementar práticas baseadas em evidências científicas, os pecuaristas podem garantir rebanhos mais saudáveis, maior eficiência produtiva e sustentabilidade econômica, fortalecendo a competitividade do setor leiteiro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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