Publicado em: 17/03/2025 às 07:30hs
A avicultura, setor fundamental para a produção de carne e ovos, enfrenta uma ameaça constante não apenas da gripe aviária, mas também de outras doenças virais que comprometem a saúde das aves e geram prejuízos econômicos significativos. A gripe aviária, causada pelo vírus Influenza A (subtipo H5N1), tem se espalhado rapidamente, atingindo os Estados Unidos com dimensões alarmantes. Em janeiro de 2025, os produtores americanos perderam mais de 8,3 milhões de aves devido à doença, afetando granjas em oito estados. Embora o Brasil não tenha registrado surtos em plantéis comerciais, a situação internacional serve de alerta para o país, que lidera a exportação mundial de carne de frango.
O vírus da gripe aviária é transmitido por aves migratórias, que percorrem grandes distâncias e transportam o agente infeccioso, contaminando aves domésticas através de fezes e secreções respiratórias. As variações climáticas, que alteram o comportamento das aves migratórias, têm contribuído para surtos mais intensos, como o observado nos Estados Unidos, de acordo com Eduardo Muniz, Gerente Técnico de Aves na Zoetis Brasil. "As mudanças climáticas têm impactado a rota de voo das aves, potencializando os surtos", explica Muniz.
O Brasil, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), realiza o monitoramento da gripe aviária, acompanhando de perto quaisquer casos suspeitos. É fundamental que os produtores notifiquem imediatamente o MAPA ao observar qualquer sintoma. De acordo com Muniz, a gripe aviária de alta patogenicidade pode causar a morte súbita das aves, o que torna a notificação precoce essencial para investigação e descarte da doença.
Contudo, a gripe aviária não é a única doença viral que afeta a avicultura. Outras condições, como bronquite infecciosa, metapneumovirose aviária e doença de Newcastle, também têm impacto significativo na criação de aves. Os sintomas dessas doenças são semelhantes, incluindo tosse, secreção nasal, dificuldade respiratória, diarreia e queda na produção de ovos. "A grande dificuldade é que não há tratamento eficaz para essas doenças. A transmissão é rápida e, quando uma ave é infectada, o restante do plantel corre risco", comenta Muniz.
O controle dessas infecções exige atenção aos protocolos de vacinação. A vacina Mass-I®, desenvolvida pela Zoetis, protege os frangos de corte contra a bronquite infecciosa, sendo aplicada desde o primeiro dia de vida das aves. A Poulvac® TRT previne a metapneumovirose aviária, e a Poulvac® Procerta® HVT-ND é aplicada em pintinhos e ovos embrionados contra a doença de Newcastle. Além disso, a Poulvac® Maternavac Ultra 5™ oferece proteção para galinhas reprodutoras contra essas doenças, incluindo um bioimunoestimulante exclusivo, o Fortilyst®, que potencializa a resposta imunológica das aves.
Além das vacinas, a adoção de medidas rigorosas de biossegurança é fundamental para reduzir a propagação dos vírus. "O monitoramento constante da saúde das aves, o controle de acesso às granjas e a ventilação adequada são algumas das ações que ajudam a minimizar os riscos de contaminação", conclui Muniz. Com um manejo rigoroso, é possível proteger a avicultura e garantir a saúde do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
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