Publicado em: 15/09/2021 às 07:20hs
O extensionismo é um instrumento de desenvolvimento econômico e social, que promove a valorização das pessoas e do seu trabalho, vislumbrando, ao mesmo tempo, a evolução do setor e uma vida melhor para o produtor e sua família.
As ações de extensão rural no Brasil foram formalizadas nacionalmente há mais de 50 anos. De 1948, quando foi instituída pelo Governo Federal da época, houve muita evolução e temos que reconhecer o trabalho incansável dos mais de 5.000 profissionais que atuam atualmente nas 27 Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural distribuídas em todo o País.
No entanto, não podemos nos esquecer de que o Brasil tem por volta de 1,5 milhão de pecuaristas e é preciso toda ajuda disponível para chegar a cada um deles. No topo da pirâmide estão os grandes produtores, com acesso a tecnologia. No meio e na base existem os médios e os pequenos, que têm dificuldades para conseguir acessar as soluções tecnológicas. Levantamentos apontam que 10% do total de produtores tem acesso à informação. O restante ainda é muito carente e é fato que temos que levar conhecimento para essas pessoas a fim de impulsionar o desenvolvimento do setor.
Como parte da indústria veterinária, acredito que temos a obrigação de contribuir para esse trabalho, pois somos um dos elos responsáveis por levar ao pecuarista informações, novas tecnologias e recursos disponíveis para que ele possa aperfeiçoar sua atividade e produzir cada vez mais e melhor. Quando assumi a Biogénesis Bagó no Brasil, dentro de um projeto de transformação dos negócios da companhia, que já estava aqui havia duas décadas, consegui trazer para o nosso lado profissionais sintonizados em fazer a gestão de pessoas no mercado veterinário. Reuni amigos que conhecia bem, gente competente, e no início de 2018, lançamos o plano estratégico para uma ‘virada de página’.
Como parte desse plano estava o projeto “Na Estrada”, que durante três anos rodou mais de 6 milhões de quilômetros, cerca de 2.800 munícipios visitados, 9.000 peões e capatazes treinados, mais de 4.000 pecuaristas visitados, 2.000 veterinários e técnicos sensibilizados, além de 8.500 balconistas de lojas veterinárias capacitados para atenderem os pecuaristas de norte a sul do Brasil.
O “Na Estrada” esteve focado no ponto de venda, que é onde os pequenos e médios pecuaristas estão. Os profissionais da Biogénesis Bago fizeram um belo trabalho, mostrando produtos, explicando conceitos e tecnologias, e tiveram o importante engajamento das lojas parceiras do Brasil.
Mas o trabalho não para por aí e, em 2021, por meio do “Na Estrada 4.0” serão oferecidos minicursos sobre boas práticas de vacinação, silagem, IATF, uso de antiparasitários e aplicação de medicamentos, entre outros temas diretamente nas fazendas com o objetivo de oferecer capacitações práticas às equipes de lida com os animais. São ações que contribuirão de maneira significativa com a diminuição da lacuna existente hoje entre a tecnologia e o produtor rural.
Vamos conversar e apoiar o produtor de carne e de leite para que ele possa produzir mais e melhor dentro da sua propriedade.
O Brasil é gigante e nós somos pequenos, porém temos uma grande convicção no trabalho que estamos fazendo pelo País e acredito que estamos no caminho certo. O extensionismo que a indústria veterinária faz atualmente contribui para o Brasil produzir mais e melhor para um Brasil maior e melhor.
Marcelo Alejandro Bulman, médico-veterinário e Country Manager da Biogénesis Bagó no Brasil
Fonte: Attuale Comunicação
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