Marino e Solange Sbardelotto são apenas uma das 13 famílias que resolveram legalizar a produção devido à ampliação do mercado. Sbardelotto se dedica à agroindustrialização de suco há dois anos e investiu em novos equipamentos porque o produto tem sido muito procurado pelos consumidores. “É uma honra que eu tenho de, no futuro, deixar para os meus filhos isto aqui. Eles podem continuar comigo aqui na propriedade”, comemora.

Neste segundo ano de funcionamento, a família Sbardelotto celebra a parceria com outras famílias, como a dos Dallarosa, que regularizou a marca, mas não investiu na fábrica própria. “Os custos são menores, eles nos ajudam e a gente também ajuda eles, além de agregar mais valor a nossa uva”, destaca Martinho Dallarosa, que nesta safra produziu 20 mil litros de vinho tinto, sete mil de vinho branco e seis mil de suco.

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Márcio Dalbem, que é responsável pela área de Agroindústria, explica que a Instituição trabalha diretamente com os agricultores, orientando para a produção e avaliando com eles a possibilidade ou não de investimento no processamento de produtos. “Avaliamos com o agricultor se este é ou não o melhor caminho. Se ele quiser seguir, orientamos e elaboramos junto com a família um projeto, analisamos as necessidades estruturais e de equipamentos e os auxiliamos para atender o processo de legalização junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No final, ganham também os consumidores, porque têm acesso a produtos com mais qualidade”, completa Dalbem.

Além dos sucos, neste mês estão sendo registrados novos tipos de vinhos e renovados os registros de sete cantinas e das marcas de vinhos já existentes há dez anos. Esta renovação está sendo encaminhada pelos agricultores junto ao escritório da Emater/RS-Ascar em Rolante.